O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (CIRA-MG) deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), a Operação Ambiente 186, que investiga um esquema de sonegação de ICMS, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica envolvendo atacadistas, redes de supermercados e empresas do varejo no estado. As apurações apontam que o grupo criminoso teria causado prejuízo superior a R$ 215 milhões aos cofres públicos.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no Centro-Oeste mineiro. As ações ocorreram em sedes de empresas e nas residências de empresários e funcionários investigados. Os agentes recolheram celulares, eletrônicos, documentos e veículos de luxo supostamente usados para lavar dinheiro. Também foi decretada a indisponibilidade de bens dos suspeitos, no valor de R$ 476 mil.
Segundo o CIRA, o esquema funcionou por pelo menos 18 meses. Empresários dos setores atacadista e varejista teriam criado empresas de fachada para simular operações interestaduais e ocultar o pagamento de ICMS próprio e do ICMS devido por substituição tributária. A fraude reduzia artificialmente o custo das mercadorias, ampliando os lucros ilegais e desequilibrando a concorrência ao prejudicar empresas que operam de forma regular.
As investigações indicam que o grupo se apropriava do imposto que deveria ser recolhido ao Estado, usando os valores para enriquecimento pessoal. A prática também compromete o financiamento de serviços públicos custeados por tributos, ampliando o impacto da sonegação para toda a sociedade.
A operação mobilizou seis promotores de Justiça, três delegados da Polícia Civil, 58 auditores da Receita Estadual, dois auditores da Receita Federal, 65 policiais militares, 54 policiais civis, nove bombeiros militares e 15 servidores do Ministério Público.
Fonte: Agência Content Box









