O Senado criou nesta terça-feira a nova CPI dos Cartões Corporativos que será integrada por 11 senadores, depois de forte pressão da oposição. O requerimento de criação da comissão foi lido pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), primeiro-secretário da Mesa Diretora, por determinação do presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
A decisão de criar a nova CPI foi tomada depois de uma reunião de duas horas conduzida por Garibaldi com líderes da oposição e da base aliada. Diferentemente da CPI mista (formada por deputados e senadores) que já está em funcionamento, a nova comissão deve funcionar só no Senado –onde o governo não tem maioria, como ocorre na Câmara.
Garibaldi chegou a reunir lideranças da oposição e da base governista num almoço para tentar chegar a um acordo que impedisse a criação da segunda CPI.
Isso contraria qualquer pessoa de bom senso. Qualquer pessoa de bom senso concluirá que uma CPI precisa ter tranqüilidade para apurar. Eu faço pouca fé nesse trabalho. Vou ler o requerimento em respeito à Constituição e ao acordo, afirmou ele após a reunião.
Para que a CPI seja instalada, os líderes partidários têm agora que indicar os integrantes da comissão. A nova comissão não vai garantir ao DEM e ao PSDB equilíbrio de forças entre oposição e governistas. Das 11 vagas de senadores que vão integrar a CPI, apenas três serão destinadas a partidos de oposição.
Como os governistas são contrários à criação da CPI, a expectativa é a de que a base aliada indique parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto para a composição da comissão, e não dissidentes, como espera a oposição.

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