Esta semana promete ser decisiva para o retorno das aulas presenciais nas escolas administradas pelo governo de Minas, isso porque na próxima quinta-feira (10) o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pode decidir a favor da retomada nos colégios estaduais. A decisão, que poderia ter saído na semana passada, foi adiada por causa de um pedido de vistas durante o julgamento. 

Pelo governo de Minas as aulas na rede pública já poderiam ter voltado nas cidades que estão nas ondas Amarela e Verde do programa Minas Consciente, decisão que foi tomada ainda em outubro do ano passado. Entretanto, o TJMG expediu um mandado de segurança impetrado pelo Sindicato dos Professores de Minas impedindo as aulas na rede estadual. Até agora quatro dos cinco desembargadores foram favoráveis a reabertura, contudo podem mudar de voto. 

Entre essa guerra de governo e sindicato estão pais e alunos que cobram o retorno. O comerciante Rodrigo Marçal, de 45 anos, tem filhos que estudam na rede pública de ensino e detalha os impactos da falta das aulas presenciais. “No ensino público não existe uma cultura de ensino à distância, então a gente não tem esse costume e no meio da pandemia a prefeitura também não oferece estrutura. É difícil, é penoso, a família que não tiver uma certa estrutura, que não se empenhar para poder suprir isso vai ter muito problema.”

Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que o Comitê de Enfrentamento a Covid elaborou uma nota técnica com critérios para a reabertura das atividades escolares em todos os níveis, assim como a eventual suspensão, de acordo com os critérios e indicadores epidemiológicos.

Ainda na nota, a Prefeitura de BH esclareceu que é preciso planejar o retorno de atividades presenciais de forma gradual e segura com bases em evidências científicas e que a Secretaria Municipal de Educação reforça que tem trabalhado na preparação de todas as escolas para o retorno seguro.

Fonte: Itatiaia

COMPATILHAR: