Durante a pandemia, em 2020, as vendas do e-commerce no Brasil cresceram 41% na comparação com 2019, segundo levantamento feito pelas consultorias Ebit/Nielsen & Bexs Banco, divulgado na quinta (25).

 Outro dado chamou a atenção: a maioria das operações dos consumidores no meio digital teve os smartphones como ferramenta – um crescimento de 76% do quesito, em relação ao ano anterior, e de 174% sobre 2018. O frete grátis foi um dos principais motivadores para o bom desempenho do setor, estando presente em 43% das transações.

Em percentuais precisos, do total de compras feitas pela internet no Brasil no ano em que a pandemia da Covid teve início, 55,1% foram feitas usando o celular. 

A alta do faturamento das vendas digitais, que alcançaram a cifra de R$ 87,4 bilhões, foi impulsionada pela disparada de pedidos – 194 milhões ao todo, o que representou crescimento de 30% em relação a 2019. A agilidade nas compras foi apontada pelo estudo como outro incentivador para as aquisições onlines. 

“O brasileiro ficou muito conectado durante a pandemia, com o celular ao alcance da mão. E isso facilitou muito para fazer suas compras de supermercado, roupas, artigos de casa e decoração, por exemplo”, afirmou o head de e-commerce de Ebit Nielsen, Marcelo Osanai.

A pesquisa leva a crer que o hábito de fazer compras pela internet, no Brasil, veio mesmo para ficar, configurando um movimento que transcende imposições do isolamento social. Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas da capital (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, as empresas que não se adaptarem a essa realidade vão ficar para trás. “Já é algo sem volta. O grande desafio de todo o setor é conseguir garantir a logística que as vendas digitais exigem”, destaca ele.

A visão é compartilhada pelo economista Paulo Pacheco, do Ibmec. De acordo com ele, a pandemia e a necessidade de comprar pela Internet fizeram com que o e-commerce no Brasil se desenvolvesse, criando novos mecanismos para garantir segurança e facilidades ao consumidor. “Para o setor, a pandemia trouxe a evolução necessária para consolidar as relações de consumo, principalmente junto aos que nunca haviam comprado virtualmente”, explica.

Fonte: Hoje em Dia

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