Pela segunda edição consecutiva, a equipe do Brasil, que conta com o formiguense Samuel Arantes, camisa 13, brigou pela medalha de bronze no vôlei sentado masculino nas Paralimpíadas.

Na rede social, Samuel destacou “Encerramos os Jogos Paralímpicos na 4ª colocação. Fica o aprendizado e a vontade cada vez maior por esse sonho”.

 Assim como no Rio, os brasileiros entraram em quadra na madrugada deste sábado, já início de tarde em Tóquio, com o peso da história nas mãos. O adversário, dessa vez, era nada menos que a Bósnia e Herzegovina, atual vice-campeã paralímpica e líder do ranking mundial. Superada nas semifinais, a seleção europeia se recuperou da derrota para a Turquia e garantiu o terceiro lugar ao vencer por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/19, 25/18, 25/11.

Se por um lado o Brasil entrou com o peso de fazer história no Centro de Convenções Makuhari Messe, a Bósnia carregava a missão de se manter no pódio paralímpico. Prata nas Paralimpíadas do Rio, em 2016, e ouro em Londres, a seleção europeia intensificou o ritmo no primeiro set e parecia não abrir mão de largar na frente em busca de mais uma medalha. No entanto, os brasileiros mostraram seu repertório com bons saques e diagonais, segurando o ímpeto rival na defesa. A estratégia deu certo, e a seleção verde-amarela explorou o erro do adversário para carimbar a primeira parcial por 25 a 23.

No segundo set, a Bósnia mostrou os motivos de ser uma das potências da modalidade, desenhando um novo panorama para o jogo e abrindo vantagem de dez pontos. O técnico Célio Mediato ainda teve de fazer uma mudança depois que o levantador Daniel Jorge machucou o joelho. Seu xará, Daniel Yoshizawa, entrou com a missão de dar ainda mais munição ao ataque, e conseguiu. Comandados por Anderson e Giba, os brasileiros reagiram e diminuíram a diferença, mas um erro de comunicação custou o set point. Explorando o bloqueio, os bósnios asseguraram a segunda parcial por 25 a 19.

No terceiro set, o Brasil demorou a recuperar o ritmo imprimido na reta final do segundo set. Daniel Jorge retornou ao jogo nos levantamentos, e o roteiro inicial se repetiu. Com bastante dificuldade nos minutos iniciais, os brasileiros chegaram a empatar a partida, com contribuições importantes do capitão Fabrício e Wescley, líder de bloqueios na competição, mas em dia inspirado do atacante Mirzet Duran, a Bósnia emendou outra sequência de pontos para fechar por 25 a 18, virando o jogo em 2 sets a 1.

Precisando vencer o quarto set para levar a partida para o tie-break, o Brasil voltou para a quadra com a missão de reencontrar a agressividade apresentada na primeira parcial. Leandrão, Daniel Yoshizawa e Diogo entraram no jogo, mas não foi suficiente. Presente nas últimas quatro finais paralímpicas, a Bósnia administrou a partida e controlou os ataques, fechando o set decisivo sem dificuldades por 25 a 11.

Desde que estreou nas Paralimpíadas no vôlei sentado masculino, nos Jogos de Pequim, em 2008, o melhor resultado brasileiro na competição entre os homens foi o quarto lugar na última edição. Além de repetir o feito em Tóquio, a seleção brasileira carrega ainda o bronze no mundial de 2018.

Fonte: Globo Esporte

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