Belo Horizonte amanheceu com um rastro de destruição após temporal que atingir a capital mineira nessa quarta-feira (26). De acordo com a Defesa Civil municipal, foram registradas 57 ocorrências causadas pela chuva.

A principal consequência atendida pelo órgão foi de alagamento, que aconteceu em 14 pontos da cidade. Entre os destaques, estão ainda as quedas de muros. Em uma escola estadual no bairro Bom Sucesso, na região do Barreiro, grande parte do muro, de aproximadamente 20 metros de extensão e seis de altura, foi ao chão e ainda há risco do restante da estrutura desabar. Ninguém ficou ferido.

Um muro também desabou no bairro Indaiá, na região da Pampulha. A estrutura, que era divisa entre dois imóveis, desabou após um deslizamento de terra e os proprietários foram notificados pela Defesa Civil a  contratar profissional habilitado para ações mitigadoras de risco e promover avaliação e possível retirada preventiva das estruturas sob riscos de queda. O local está interditado.

Sem parar

Chove há nove dias consecutivos na capital mineira e, segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsão de mais precipitações. A Defesa Civil de Belo Horizonte já emitiu, na manhã desta quarta-feira, um alerta meteorológico para chuvas que podem chegar a volumes de 50 milímetros, acompanhadas de raios e rajadas de vento em todas as partes da cidade.

Além do alerta de chuva, há ainda um alerta geológico em vigor para os belo-horizontinos. Devido ao período ininterrupto de chuvas, o solo acaba ficando saturado, gerando o risco de deslizamentos, desabamentos e a consequente destruição de estruturas, como aconteceu na escola do Barreiro.

Período chuvoso

Segundo o balanço divulgado pela Defesa Civil, o período entre outubro e dezembro (até esta quinta-feira) de 2018 já registra 2027 ocorrências relacionadas à chuva. As que representam o maior número são, em sequência, Enxentes, alagamentos e trincas e infiltrações.

As ocorrências relacionadas a árvores também têm destaque. As quedas somam 76 ocorrências e os riscos de queda são 80. Contudo, esse é o número registrado somente pela Defesa Civil e representa menos do que a realidade, uma vez que a maior parte desse tipo de ocorrência é atendida pelo Corpo de Bombeiros. Procurada, a corporação ainda não divulgou seu balanço.

Desde o início do mês, a região que mais registrou chuvas foi a Nordeste, com 275,2 milímetros, cerca de 77% da média histórica de dezembro, que é de 358,9 mm, segundo o Inmet. Confira os acumulados de chuva até 6h50 de quinta-feira (27) por regional:

Barreiro – 266,0 (74%)
Centro Sul – 255,8 (71%)
Leste – 285,0 (79%)
Nordeste – 275,2 (77%)
Noroeste – 269,4 (75%)
Norte – 218,2 (61%)
Oeste – 274,4 (76%)
Pampulha – 272,8 (76%)
Venda Nova – 239,4 (67%)

Média Climatológica Dezembro: 358,9 mm (Fonte: INMET, 1981-2010)

 

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