Uma pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) busca traçar perfil sócio-demográfico da família dos dependentes e o impacto que o vício de seus entes oferece. O trabalho foi feito a partir de entrevistas com 500 pessoas que procuraram o grupo de ajuda Amor Exigente, e coordenado por Ronaldo Laranjeira e Maria de Fátima Rato Padin.
Segundo a pesquisa, apesar de serem os primeiros a descobrir sobre o vício, os familiares costumam responsabilizar fatores externos pelo problema. De acordo Maria de Fátima, as famílias acreditam que as más companhias influenciam o consumo de drogas em 30%. Já 36% colocam a culpa na baixa autoestima do usuário.
Ainda de acordo com a pesquisadora, em 68% dos casos, a descoberta do consumo de drogas de um familiar foi feita por alguém da própria família que percebeu mudança de comportamento. Em 61% dos casos quem busca ajuda são mulheres – mães ou companheiras do usuário.
A pesquisa também destacou o fato de a maconha ser a droga mais frequente e de maior preferência dos dependentes, de acordo com a percepção dos próprios familiares entrevistados.

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