Uma pesquisa elaborada pelo brasileiro Helder Nakaya pode vir a melhorar a vida de pessoas que têm baixa imunidade, como idosos ou pacientes HIV-positivos, por exemplo. Nesses casos, a eficácia das vacinas é limitada.
?Ninguém sabe ao certo como a vacina funciona, só se sabe que ela funciona?, contou Nakaya. ?Nunca dá para saber se as pessoas estão bem protegidas?, explicou o pesquisador. Segundo ele, é preciso esperar um mês para saber se uma vacina vai ou não atingir seu objetivo, que é imunizar o corpo contra uma doença.
A nova técnica desenvolvida pela equipe da Universidade Emory, em Atlanta, EUA, da qual Nakaya faz parte, consegue prever se a vacina vai ou não funcionar menos de uma semana depois da aplicação.
Por meio de uma análise de genes, eles estudam os mecanismos moleculares e conseguem saber como o corpo vai reagir.
Nesse estudo foi analisado o funcionamento da vacina contra a gripe. Caso a primeira tentativa não funcione, há outro tipo que pode dar certo. Outra opção é aumentar a dose, dependendo da vacina ? afinal, o objetivo dos cientistas é aplicar a técnica em mais doenças.
A pesquisa publicada na revista ?Nature Immunology? ainda está em fase inicial. O processo, que já foi estudado durante três anos, ainda deve ser observado por mais dois. No futuro, os cientistas querem fazer um mapeamento detalhado dos genes mais importantes para a previsão, o que vai aumentar a eficiência, diminuir os custos e, consequentemente, tornar a técnica viável para o uso dos pacientes.

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