Se tem gás natural na Bacia do São Francisco, no Norte de Minas Gerais, a Petrobras ainda não encontrou. A estatal já gastou R$ 70 milhões – R$ 30 milhões na radiografia do subsolo para os poços Oséas, Amós e Pedras e outros R$ 40 milhões apenas para os dois solos de Amós e Oséas – e até o momento, nada de reserva. Amós e Oséas não têm reserva, a gente só achou indício, afirmou ontem, em Belo Horizonte, o coordenador do projeto, Heitor Roberto Furrechi.
A última perfuração nesse programa exploratório da Petrobras começou anteontem, no poço Pedras, em Brasilândia de Minas, região onde também foram feitas perfurações no poço Oséas.
O poço de Amós fica em João Pinheiro. No poço Pedras serão 145 dias de prospecção com a sonda de perfuração SC-109 que tem 6.000 metros.
A Petrobras deixará o local dentro de cinco meses. E os poços serão descartados? Com descoberta ou não, a Petrobras vai embora, disse Heitor Furrechi. Ele informou que já foram colocados tampões de cimento nas perfurações do poço Amós onde ficou sete meses e sete dias. A gente tem que conhecer a bacia. Não é uma coisa óbvia, é uma fase de conhecimento, afirmou o engenheiro.
Furrechi disse que é difícil perfurar uma área remota. Tivemos que trazer a sonda sozinha em 115 cargas de Alagoas, equipamentos para o poço do Espírito Santo e tratamentos de resíduo de Macaé, do Rio de Janeiro, contou Furrechi.

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