Os policiais federais de Brasília aceitaram nessa segunda-feira (26) o acordo apresentado pelo governo federal, o que garante que não haverá paralisações durante a Copa. Foi proposto aumento de 15,8% mais anistia aos servidores que pararam durante mobilização em 2012. O fim do movimento em todo o país agora só depende das assembleias setoriais, previstas para os próximos dias.
A possibilidade de greves na área de segurança preocupava o governo federal. Na sexta-feira (23), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que mesmo que haja greve na Polícia Federal ou em qualquer outro segmento policial, o plano de segurança da Copa não será afetado, pois o governo tem alternativas. Não existe ameaça de greve de toda a PF. Existe especificamente uma negociação em curso de uma categoria de agentes e acho que haverá entendimento nos próximos dias. Mesmo que o acordo não seja feito, há decisões claríssimas da Justiça dizendo que greve é ilegal. Portanto, não vemos a menor possibilidade de agentes da Polícia Federal virem a transgredir a ordem. Cardozo apelou ainda para o espírito público dos policiais, de forma a evitar transtornos no evento, como os ocorridos em 2013 durante a Copa das Confederações.
No entanto, as ações do governo contra paralisações às vésperas da Copa também irritaram sindicalistas. Terça-feira (27), a Força Sindical divulgou nota em que diz que o governo, atropelado pela pressa, está, infelizmente, caindo no terreno da intolerância, para calar as livres e legítimas manifestações de rua. A prisão do líder do movimento grevista dos policiais da Bahia, bem como bloquear contas de associações de policiais de Pernambuco, são atitudes típicas de um governo que não aceita as livres manifestações.

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