Um mandado de busca e apreensão foi cumprido pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (30), em Divinópolis durante a operação “Reborn” de combate a crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e confecção de documentos com dados falsos.
Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina durante a ação. A Polícia Federal não divulgou onde foi cumprido o mandado em Divinópolis.
Crime
De acordo com a Polícia Federal, certidões de nascimento falsas eram lavradas pela responsável por um cartório de registro civil localizado no Norte de Minas. O nome da cidade onde ocorria o crime não foi divulgado.
“Em posse dessas certidões de nascimento ideologicamente falsas, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos, como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs; além da criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxílio emergencial”, informou a PF por meio de nota.
Ainda segundo a PF, os beneficiários desses documentos falsos eram foragidos da Justiça, com extensa ficha criminal, golpistas alvo de diversas demandas na Justiça cível por prática de pirâmide financeira e imigrantes ilegais oriundos de países árabes.
As investigações começaram a partir de análise de documentos apreendidos durante a operação Stellio que desvendou fraudes no saque de créditos de precatórios judiciais por meio de procurações falsas.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal de Montes Claros e foram cumpridos nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa. A PF também cumpriu mandados em cinco cidades dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo.
Operação Stellio
A primeira fase da operação Stellio foi realizada em 10 de dezembro de 2019, com o objetivo de apurar saques criminosos de precatórios no valor aproximado de R$ 1,3 milhão.
Na época, foram cumpridos sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em vários locais do país. A partir da investigação, 10 pessoas foram denunciadas pelos mesmos crimes verificados na segunda fase da ação, realizada em junho deste ano.
Nessa fase, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de um advogado e representou ainda por mandados de bloqueio de bens e constrição patrimonial em nome dos alvos da investigação.
Segundo a PF, as investigações indicam que o grupo criminoso é formado por escreventes cartorários, advogados e funcionários de bancos.
Fonte: G1