Os senadores mineiro Aécio Neves (PSDB) e Antonio Anastasia (PSDB) são alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal na manhã desta terça-feira (11).

Além de Aécio Neves, que foi eleito deputado federal por Minas Gerais, a irmã dele, Andrea Neves, e o primo Frederico Pacheco também estão sendo investigados. Também está na mira o senador José Agripino Maia (DEM-RN). A Operação Ross investiga também os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ).

Conforme a PF, eles teriam envolvimento com crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 Empresários que teriam emitidos notas fiscais frias para Aécio, entre 2014 e 2017, também estão sendo investigados na Operação Ross que ocorre simultaneamente em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá e Distrito Federal.

De acordo com a PF, Aécio Neves teria comprado apoio político do Solidariedade, por R$15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias. Os valores investigados ultrapassam R$100 milhões. A defesa do senador ainda não foi encontrada pela reportagem para comentar o assunto.

No total, 200 homens trabalham na ação, que faz parte do inquérito 4519, que tem como relator no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Neto. 

Buscas

Logo nas primeiras horas do dia, policiais federais foram até o prédio de Aécio Neves, no bairro Anchieta, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os agentes também deram buscas em um imóvel do senador que fica no bairro Ipanema, no Rio de Janeiro. De Andrea Neves, foram cumpridas ordens judiciais em Brumadinho, na Grande BH, e em Copacabana, no Rio. Já o primo do parlamentar tem imóvel em Nova Lima, na Grande BH.

Denúncias

A operação se baseia em informações de empresários, que teriam relatado a promotores a emissão de notas fiscais frias. Há denúncias, que estão sob investigação, sobre a suposta compra de apoio político do Solidariedade, e que empresários teriam ajudado com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.

Nome

O nome da Operação Ross é referência ao explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo, na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sendo investigadas.

 

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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