A Polícia Federal (PF) de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estourou ontem à tarde um laboratório de refino de cocaína e apreendeu 90 kg de pasta base da droga. O material, depois de processado, pode produzir até 500 kg de cocaína. De acordo com a PF, essa é a maior apreensão do material na cidade neste ano e uma das maiores do Estado.
O laboratório que produzia a cocaína funcionava nos fundos de uma casa que fica dentro de um condomínio em um bairro de classe média da cidade. Carlos Eduardo Fernandes Teixeira, conhecido como Dudu Queixudo, foi preso em flagrante.
Outra pessoa envolvida na produção da droga continua foragida. O nome deste último não foi divulgado pela polícia por uma questão de estratégia.
Segundo o delegado Cláudio Nogueira, chefe da Polícia Federal em Juiz de Fora, a droga era vendida na própria cidade.
Ele não soube informar o período que o traficante estava agindo na região, mas ressaltou que ele estava sendo investigado há seis meses porque tinha ligações com outros narcotraficantes locais. Era uma pessoa conhecida da polícia, mas a droga que ele vendia não saía do Estado, afirma Nogueira.
Conforme o delegado, parte da droga foi encontrada em dois carros – um Parati 2007 e um Golf 1997 – que estavam na garagem do traficante. Cerca de R$ 66 mil também foram apreendidos. A PF ainda encontrou na casa substâncias como éter e ácido bórico, usadas para o refino da droga.

As Armas
Na casa do traficante a polícia encontrou um carregador de arma 9 milímetros de uso exclusivo da Polícia Federal. No momento da operação, o traficante reagiu e trocou tiros com a polícia, mas ninguém se feriu durante a tentativa frustrada de fuga.
Dudu Queixudo, com é conhecido o traficante preso, era foragido da polícia. Há cerca de dois anos ele fugiu do Centro de Remanejamento de Presos (Crespa) dentro de um latão.
Ele foi levado ainda ontem para um presídio de Juiz de Fora, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A pena para a pessoa presa em flagrante por tráfico de drogas varia de cinco a dez anos de prisão.

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