A falsa enfermeira que supostamente vacinou empresários, políticos e famílias em um apartamento de luxo no bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte, pode ter se valido de seringas usadas na imunização. Ela mora com uma pessoa portadora de HIV e os advogados dos vacinados foram avisados sobre isso e foi pedido que eles testem para a doença. A informação foi dada no programa “Papo de Política” da Globo News nesta quinta-feira (8).

De acordo com o programa, a Polícia Federal (PF) encontrou seringas usadas na casa da mulher, durante busca e apreensão, e investiga se elas foram reutilizadas durante a vacinação. Além disso, a PF estaria avisando os advogados dos supostos vacinados sobre a possibilidade de reutilização e sobre a falsa enfermeira morar com uma pessoa com HIV.

Segundo as investigações da PF, Cláudia Mônica Pinheiro Torres, que é cuidadora de idosos, vacinou cerca de 80 pessoas desde o início de março. A história foi descoberta depois de um vídeo que mostrou a mulher supostamente aplicando os imunizantes em uma garagem da empresa de ônibus Saritur em empresários e políticos. 

Ela, no entanto, estaria aplicando as supostas vacinas desde o dia 3 de março e teria atuado também com famílias de um edifício de luxo do bairro Gutierrez. Um empresário que tem um haras e ligado a um dos controladores da Saritur é um dos que recebeu a suposta imunização.

A suspeita é que ela tenha aplicado soro fisiológico nas pessoas, já que havia várias ampolas desse líquido na casa dela. As apurações da Polícia Civil ainda estão em andamento. A PF vai pedir exames laboratoriais das pessoas para descobrir o que foi aplicado no corpo delas. 

Fonte: O Tempo

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