Em tempo de carestia, inflação alta, aumento do desemprego, juros altos, vale economizar em cada oportunidade que pudermos.

Passado o carnaval, as pessoas voltam as atenções para o bacalhau e já sonham em fazer aquela bacalhoada deliciosa, mas quando veem os preços ficam espantadas e logo pensam em alternativas, como outros tipos de peixe.  Agora, não é só isto, vejam também os preços dos ovos de páscoa, que tiveram remarcação de, no mínimo, 10% a 15% relativamente ao ano passado.

O consumidor tem alternativas, como pesquisar e barganhar preço, comprar a quantidade certa (não comprar menos, mas, principalmente, não comprar mais do que é preciso), aproveitar as ofertas e, por fim, analisar a relação custo benefício do produto adquirido.

Agora ter o controle financeiro das receitas e dos gastos é importantíssimo, pois ele nos propicia e auxilia na compra de bens pretendidos. Por outro lado, quando não se tem este controle, pode-se ter excesso de dinheiro sem destinação, gastos maiores do que as receitas e o consequente aumento do endividamento, recebimento de receitas inesperadas e o não direcionamento para o atingimento de nossas metas.

As finanças pessoais contêm alguns princípios básicos para a consecução do sucesso e equilíbrio financeiro, tão importante para a felicidade e harmonia da vida dos cidadãos em sociedade.

O primeiro princípio das finanças pessoais é simples, somente se gasta o dinheiro que tem. Temos que ter segurança com os gastos, pois quando gastamos menos que ganhamos temos solidez nas nossas decisões financeiras.

O segundo princípio é procurar fazer o pagamento das despesas obrigatórias sempre que receber qualquer rendimento, evitando fazer novas compras com o dinheiro recebido, pois quando se gasta o dinheiro recebido, não terá como pagar as despesas.

O terceiro princípio é pagar as contas em dia, para não ser onerado com juros, correção monetária e multa.

O quarto é efetuar, obrigatoriamente, aplicação de parte dos rendimentos, cerca de 10% a 20% por mês, em ativos geradores de fluxos monetários (juros, dividendos, aluguéis, etc.), com o objetivo de alcançar a independência financeira.

O quinto princípio é efetuar reavaliações frequentes das despesas, fazer cancelamento dos serviços desnecessários, contratar serviços mais baratos, dispensar gastos supérfluos, adotar hábitos que não exijam obrigatoriamente gastos, pesquisar e avaliar os gastos de forma sistemática e contínua, fazer pesquisa de preços.

O sexto é ter o registro e o controle sobre todos os seus rendimentos e despesas. Deve-se anotar todo gasto e rendimento, classificá-lo periodicamente (mensalmente e anualmente) e por tipo (saúde, educação, habitação, etc.) e fazer o acompanhamento da qualidade do gasto.

O sétimo princípio é ter cuidado nas compras quando utilizar cartão de crédito e não fazer, principalmente, compra por impulso. Efetue o registro de todas as compras com cartão de crédito e tenha controle rígido sobre o total de cada fatura mensal para não ultrapassar 15% do seu rendimento. No pagamento da fatura deve-se pagar a fatura total e não optar pelo pagamento mínimo, para não ter que arcar com altas taxas de juros.

O oitavo princípio é sempre fazer a análise dos gastos adicionais que podem gerar uma determinada compra, por exemplo, ao comprar um carro ter-se-á o gasto adicional de IPVA, seguro, manutenção, combustível, etc. Ao fazer esta análise pode-se optar por um carro mais em conta e com despesas que caibam no orçamento.

O último princípio, conseguindo equilibrar as finanças e passando a fazer aplicações sistemáticas, aproveite as benesses do que o dinheiro lhe pode proporcionar.

 

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