O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (30) que a rejeição do plano de paz proposto pela Casa Branca para Gaza poderá ter consequências graves. A declaração foi dada um dia após o anúncio oficial da proposta, apresentado por Trump e pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião bilateral.

O plano de paz prevê 20 exigências para um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza. Entre os principais pontos estão a libertação de reféns em até 72 horas e a criação de um “Conselho da Paz”, além da desmilitarização da região e o estabelecimento de um governo provisório supervisionado.

Segundo Trump, todos os países árabes e muçulmanos envolvidos já demonstraram apoio à proposta, assim como Israel. Em declaração à imprensa antes de deixar a Casa Branca, o presidente norte-americano afirmou:

“Todos os países árabes estão inscritos, todos os países muçulmanos estão inscritos, Israel está inscrito. Estamos apenas esperando o Hamas, e o Hamas vai fazer isso ou não — e se não fizer, será um fim muito triste.”

Nesta terça-feira, ministros das Relações Exteriores do Catar, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Paquistão, Turquia, Arábia Saudita e Egito divulgaram uma declaração conjunta reconhecendo os “esforços sinceros do presidente americano para encerrar a guerra em Gaza”.

Trump também estipulou um prazo de três a quatro dias para que o grupo palestino Hamas apresente sua resposta ao plano. Até o momento, o Hamas não se pronunciou oficialmente sobre a proposta.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar informou que representantes da Turquia devem participar, ainda nesta terça-feira (30), de uma reunião com a equipe de mediação em Gaza, junto com uma delegação do Hamas, para discutir os termos do plano.

Com apoio declarado de países árabes e muçulmanos, o plano de paz apresentado por Trump e Netanyahu aguarda agora a posição oficial do Hamas. A resposta do grupo será determinante para os próximos passos nas negociações e para o possível cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Com informações do Metrópoles

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