Mais de 17 pessoas morreram de pneumonia por dia, em média, em Minas Gerais neste ano, quando 2.519 óbitos foram registrados até 23 de maio, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os números da doença, transmitida pelo ar e pelo contato com secreções, como saliva e muco, tendem a crescer com a proximidade do inverno, quando as pessoas costumam ficar em ambientes fechados.

A pneumonia é caracterizada pela infecção dos pulmões e pode ser provocada por vírus, fungo e bactéria. Ela é a terceira maior causa de mortes do mundo, atrás apenas da doença cardíaca isquêmica e do acidente vascular cerebral, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela é também o principal tipo de infecção capaz de matar. No ano passado, 8.160 pessoas morreram por pneumonia no Estado.

“A maioria dos casos tem uma grande chance de evoluir bem, mas é preciso atenção para identificar os indivíduos com maior risco de complicações”, explicou o clínico geral Leonardo Paixão, gerente assistencial do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. No grupo de risco estão crianças, idosos e portadores de doenças crônicas.

De acordo com o médico, pacientes com sintomas como febre, tosse com produção de muco, falta de ar e dor no peito ou nas costas ao respirar devem procurar atendimento médico. Casos mais graves costumam provocar também prostração excessiva, confusão mental e respiração muito rápida. “A maior parte dos casos de pneumonia pode ser resolvida no posto de saúde ou nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs)”.

Prevenção. Principal forma de prevenção, a vacina Pneumo 10 está disponível nos 148 centros de saúde da capital, em três doses – aos 2, aos 4 e aos 12 meses de idade.

A Pneumo 23, para grupos especiais e portadores de doenças crônicas agudas, está disponível no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Cuidados como não fumar e se alimentar bem também ajudam na prevenção.

Campanha

Adiada. A campanha de multivacinação foi adiada para o segundo semestre deste ano. O Ministério da Saúde não informou a nova data de início da ação.

Doença é a que mais demanda internação

Apesar de a maioria dos casos de pneumonia poder ser tratada sem a necessidade de internação hospitalar, a doença é a que mais demanda internações no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o diretor da Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica, o médico Maurício Meirelles Goés.

“Em alguns casos, principalmente entre os grupos mais impactados, como crianças e idosos, que têm o sistema imunológico mais fraco, a internação é necessária, mas geralmente o tratamento com antibiótico em casa é suficiente”, pontuou.

Até abril deste ano, 20.058 internações por pneumonia (inclusive quando a doença foi originada de outra) foram realizadas em Minas – uma média de 165 por dia. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O custo médio de uma internação neste ano é maior do que o registrado no ano passado. São R$ 1.145,67, incluindo diárias de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ante R$ 1.094,14, em 2015. No ano passado, 71.867 internações por pneumonia foram registradas.

 

 

Fonte: O Tempo Online ||

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