Dois traficantes de alta periculosidade, um deles ligado ao cartel de tráfico de drogas da Colômbia, a máfia europeia e ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foram presos em uma operação da Polícia Civil deflagrada nessa quinta-feira (25) e apresentada nesta sexta-feira (26), em Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Civil, outras cinco pessoas foram presas suspeitas de integrarem a quadrilha que abastecia Belo Horizonte, São Paulo e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com drogas vindas do Uruguai e da Colômbia. 

Após a prisão de um dos membros da quadrilha ocorrida anteriormente, a polícia abriu investigações e conseguiu chegar até o líder da organização criminosa. “Partindo desse primeiro investigado, conseguimos chegar ao ‘patrão’ dele, que estava residindo em Uberlândia e fazia viagens esporádicas aqui para Belo Horizonte para trazer grande quantidade de drogas que ficavam na responsabilidade desse indivíduo que aqui já morava para repassar a traficantes de menores portes”, afirma o subinspetor Gabriel Bacellete. 

Os sete membros da quadrilha foram presos com 120 quilos de maconha, no bairro Pongelupe, na região do Barreiro, quando deixavam a droga para outros traficantes venderem os ilícitos. Segundo a polícia, dos sete presos, dois têm principal destaque por fazerem parte do PCC e serem de alta periculosidade. 

O líder da quadrilha, Carlos Alberto Sgobbi, de 43 anos, além de ser braço direito de um membro do PCC, tem ligação também com o cartel de drogas da Colômbia e atua no tráfico de drogas internacional, enviando ilícitos para a Europa. Ele foi preso por tráfico internacional de drogas, pela Polícia Federal, em 2014, tentando enviar 3,7 toneladas de cocaína no Porto de Santos, interior de São Paulo, para a Europa. Ele viajava com frequência para o continente em atuação com o tráfico de drogas. 

“Ele é integrante de facção criminosa de outro estado, tem conexões com máfias europeias, tráfico internacional e cartel colombiano. Ele estava foragido, com mandado de prisão da Polícia Federal (PF), já há alguns anos”, pontua o chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), Júlio Wilke

O outro indivíduo, de 49 anos, é natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e tinha papel fundamental no tráfico de drogas entre São Paulo e Minas Gerais. “Esses dois suspeitos levavam uma vida de ostentação com residências e carros de alto padrão. A quadrilha abastecia Belo Horizonte, Uberlândia e São Paulo com drogas. A sociedade ganha muito com a retirada deles de circulação”, afirma o delegado Windsor Mattos.

Outras cinco pessoas também foram presas pelo crime. São traficantes de Belo Horizonte com idades entre 20 e 30 anos. Dentre eles, estão duas mulheres. Com a quadrilha foram apreendidas duas balanças de precisão, dois carros, além de 120 quilos de maconha. As investigações continuam para descobrir se há mais membros da organização criminosa. “A quadrilha preparava a droga e abastecia as bocas de fumo da capital. O que traz um lucro muito grande”, complementa o delegado. 

Os presos foram encaminhados ao sistema prisional. Eles vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas e podem pegar até 20 anos de prisão. 
 

Fonte: O Tempo

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