Nas últimas semanas, policiais penais de Formiga, que atuam na Penitenciária Regional, com sede na cidade, estão recebendo comunicações internas por estarem, segundo os diretores, descumprindo ordens. 


Os servidores do estado consideram  absurdas  as normas estabelecidas e afirmam que as mesmas os coloca em risco e fazem com que abram mão de dispositivos de segurança. As informações são da 93 Play.


A determinação que vem gerando o impasse é a de que as portas de entrada dos pavilhões permaneçam sempre abertas, incluindo durante o período da noite.

Segundo apurado pelo jornal da 93, a conduta é comum em Penitenciárias, porém não ocorrem em unidades do Estado como em Juiz de Fora e Pará de Minas.


Os policias penais alegam que alguns dos pavilhões da Penitenciária de Formiga abrigam mais de 200 detentos, muitos deles faccionados e de altíssima periculosidade e que a manutenção das portas abertas no turno noturno seria um risco desnecessário.

Tentativa de diálogo

Os policiais dizem que, na tentativa de solucionar o impasse, pediram uma reunião com os diretores da unidade, mas que os mesmos se mostraram  “irredutíveis e grosseiros”.
Os policiais penais que estão descontentes com decisão dizem que “Tal ordem não foi formalizada segundo os princípios constitucionais e sequer apresentaram fatos ou fundamentos que a justifiquem, bem como que esta contraria dispositivos que regulamentam os procedimentos internos de segurança.”

Acionamento do MP
Diante da negativa da direção de permitir o fechamento das portas, cerca de 20 policiais penais assinaram um requerimento recentemente protocolado no Ministério Público, onde pedem a intervenção do órgão junto à direção da Penitenciária afim de garantir a segurança dos servidores.


O que diz o Diretor Regional 
O portal entrevistou, por telefone, o Diretor Regional da 7ª Região Integrada de Segurança Pública, Sérgio Evaristo de Souza que afirmou que se trata de um assunto interno, mas que já está sendo discutido pela regional e que a reivindicação dos policiais é vergonhosa.
“Eles escolheram prestar concurso para a Polícia Penal. O risco é inerente à profissão e eles sabem muito bem disso. Escolher ficar trancado e muitas vezes dormindo enquanto deixa o restante da guarda descoberta é vergonhoso. As portas devem permanecer abertas porque a função do policial penal é fazer a ronda e observar alguma conduta ou movimentação suspeita e não ficar protegido e tendo acesso irrestrito a qualquer cela (e detento) sem nenhuma supervisão” disse Sérgio Evaristo que completou: “Não foram poucas as vezes que os líderes de turma precisaram esperar os agentes fechados nos pavilhões acordarem para que pudessem vistoriar o serviço. O mínimo que se espera de um policial penal é que ele trabalhe zelando pela segurança da guarda a qual faz parte e da unidade, o que, por fim, é o que traz segurança para a sociedade”, encerrou o diretor.

Afastamentos
Policiais Penais afirmam que os servidores estão adoecendo por causa da pressão e possivelmente sofrerão represálias por parte dos gestores por causa da decisão de denunciar ao MP a conduta que consideram errada.

Fonte; 93 Play

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