As manifestações de junho de 2013 contra o sistema político e por melhores serviços públicos geraram movimentos de florescer, crescer, amadurecer e descartar de personalidades públicas, movidos por interesses imediatos.

O primeiro objetivo da oposição foi a interrupção das seguidas eleições de candidatos a presidente, do Partido dos Trabalhadores (PT).

A Operação Lava Jato, iniciada em 2014, atingiu profundamente o PT e desnudou um processo histórico de corrupção.

Os desgastes não impossibilitaram a reeleição de Dilma Rousseff. Ela assumiu em 2015 em meio a grave crise econômica (desemprego, inflação, etc.). A oposição pediu a recontagem dos votos e reacendeu o sentimento popular de 2013, agora com a pauta de retirar Dilma e o PT do poder.

A eleição de Eduardo Cunha, como presidente da Câmara Federal, em 2015, foi importante para acirrar a oposição ao governo e ele acatou o pedido de impeachment.

Em 17.04.2016, a Câmara dos Deputados aprovou o prosseguimento do processo de impeachment. Logo após, em maio de 2016, Eduardo Cunha, não mais necessário na história política, foi afastado do cargo de deputado federal e em outubro foi preso.

O juiz federal Sérgio Moro exerceu papel primordial para o afastamento de Lula da campanha presidencial de 2018. Em julho de 2017, ele o condenou no processo do Tríplex, do Guarujá. A condenação foi confirmada, dia 24.01.2018, em 2a. instância, e retirou Lula da eleição. Em 07.04.2018, Lula foi preso.

Sérgio Moro, no dia 05.10.2018, suspendeu o sigilo da delação de Palocci, seis dias antes do primeiro turno, e influenciou diretamente no resultado das eleições. Após a eleição de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro aceitou no dia 01.11.2018 ser Ministro da Justiça no próximo governo.

No dia 24.04.2020, Sérgio Moro pediu demissão do cargo de ministro da Justiça, sob a justificativa da intenção do presidente de interferir politicamente na Polícia Federal, e, dessa forma, rompeu com o governo Bolsonaro.

Em março de 2021, a 2a. Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as decisões tomadas nos processos do ex-presidente Lula e julgou ser suspeito o ex-juiz, Sérgio Moro, no processo do Triplex, do Guarujá. Essas decisões acarretaram a volta dos direitos políticos de Lula e expurgou da cena política nacional o ex-juiz Sérgio Moro e a Lava Jato, por excessos cometidos e ofensas ao devido processo legal.

No momento, o presidente Jair Bolsonaro sofre o desgaste causado por erros no enfrentamento da pandemia do coronavírus, pela exposição negativa na CPI da Covid e por inaptidão para gerir assuntos importantes, como economia, meio ambiente, relações exteriores, saúde, etc. As pesquisas mostram aumento da rejeição ao governo e perda de eleitores e apoiadores.

Dessa forma, o Brasil aclama e destrói atores, de acordo com a necessidade política imediata e, em 2022, estará à procura de nomes de consenso para reconstruir o país.

Euler Antônio Vespúcio – advogado tributarista

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