Desde a retomada do futebol no Brasil, mais de 345 jogadores já foram infectados pelo coronavírus só na Série A do Campeonato Brasileiro. O que liga um sinal de alerta para a prática do esporte em meio à pandemia e a importância de seguir as orientações do Ministério da Saúde.

Os protocolos contra o novo Coronavírus, estabelecidos pela Confederação Brasileira de Futebol, são falhos e contém várias brechas que corroboram para o contágio em massa da doença. Um dos principais pontos, é que a testagem obrigatória acontece somente 72 horas antes dos confrontos e os atletas não são obrigados a ficarem confinados até a nova testagem, ignorando que entre este intervalo, pode haver contaminação e disseminação, não só entre os jogadores, mas entre seus familiares e funcionários.

Vários clubes como Corinthians, Palmeiras e Atlético Mineiro, descobriram a maioria de seus casos de Covid, por conta de testagens próprias, mesmo não sendo exigência da CBF. Ou seja, se os times se apegassem somente aos protocolos passados pela Confederação, o estrago seria muito maior.

Outro ponto importante, é que os jogadores infectados podem retornar às atividades 10 dias após serem detectados com o vírus, caso não estejam sentindo nenhum sintoma, e quem já testou positivo, não é obrigado a se submeter a novos testes.

Isso escancara um alerta, que não deveria ser ignorado, lembrando que ainda não existe imunidade ao coronavírus.

De acordo com um estudo divulgado pela CBF, não há evidências concretas de que a transmissão vem ocorrendo dentro de campo. Mas se formos analisar friamente, o esporte não acontece apenas dentro das quatro linhas. Existem os vestiários, os treinamentos, as viagens e toda a rotina que envolve um time de futebol e que não são levados a sério como deveriam.

Uma parcela dos atletas, também são diretamente responsáveis pela alta dos casos. Isso porque, eles entraram em uma bolha imaginária, onde acreditam estarem seguros por seguir suas rotinas normais de trabalho e serem respaldados pelos testes periódicos. Muitos saem para jantar, bater papo, fazem festas privadas e etc. O resultado disso, é o surto coletivo que vem assombrando grande parte das equipes da competição.

No protocolo da CBF, consta ainda que é proibido a troca de camisas entre adversários,  aglomeração de atletas nas comemorações de gol e o uso obrigatório de máscara para comissão técnica e quem estiver no banco de reserva. Nenhuma dessas medidas, estão sendo de fato cumpridas, basta assistir uma partida para confirmar.

É importante ressaltar, que os casos de jogadores infectados, segue a mesma proporção dos casos da doença no país. O Brasil ainda não conseguiu estabilizar a linha de contaminação e isso é preocupante. Precisamos continuar com o alerta ligado para que essa onda passe logo. É extremamente importante, seguir todas as normas de distanciamento social estabelecidas pelo Ministério de Saúde. Vamos pensar mais no outro e sermos menos egoístas. Já são mais de 176 mil mortes no país e o futebol, se apegando à todas essas medidas circunstanciais, parece não ter apego pela vida. Esperamos que todos se curem e tomem cuidado. A KTO Apostas deseja que o esporte siga sem maiores complicações.

Fonte: Agência de Notícias de Jaraguá do Sul

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