Falta de materiais para fazer curativos, consultório odontológico que não atende agendamentos, apenas emergências; acabamento mal feito, mesmo após os reparos; segurança feita por meio de alarmes que, em caso de invasão, acionam o responsável pelo Posto de Saúde, a enfermeira da unidade e falta de servidores para fazer a limpeza. Esse foi o cenário que a redação do jornal Nova Imprensa e portal Últimas Notícias encontrou ao visitar a mais recente e muito comemorada inauguração da Prefeitura de Formiga, a Unidade Básica de Saúde, localizada no bairro Vila Didi, que está em funcionamento desde o dia 2 de maio.
Toda a estrutura já estava pronta, deixada pela antiga administração, mas questionada a qualidade do serviço pelo aparecimento de rachaduras no piso e em alguns portais e cupins nas portas, a inauguração só ocorreu agora, cinco meses depois. Tempo suficiente para preparar uma equipe completa para o PSF e solucionar possíveis problemas para a instalação de mais um Posto de Saúde na cidade. Este com uma área de 500 m² e cerca de 30 salas. Tanto espaço para atender apenas 25 pessoas por dia em consultas médicas, hoje feitas pelo médico Alexandre Amaral, que atende apenas meio período de 9h30 às 13h30, de terça a sexta-feira, uma vez que na segunda-feira, o atendimento ocorre à tarde.
Para procedimentos simples, como a realização de curativos, falta material, como pinças. E serviços básicos, como limpar o local, são feitos por agentes comunitários, ou qualquer outro funcionário do posto, por não haver profissional da limpeza, lotado naquela unidade.
Quando a obra foi divulgada, a proposta era bem mais audaciosa. No local, além da UBS, seriam feitas pequenas cirurgias e atendimentos em diversas especialidades médicas, o que justificaria o tamanho da estrutura, cuja reforma, em algumas salas não foi das mais bem feitas (foto).
Apesar do pouco tempo de funcionamento, há problemas a serem solucionados. Todos de pleno conhecimento do secretário de Saúde, Rafael Tomé, da adjunta da pasta Maria Inês Macedo e da coordenadora das enfermeiras Marinês Tomé, que foram ouvidos pela equipe de reportagem.
Sobre a falta de material para curativos e atendimento apenas de urgência, a informação é de que, em poucos dias, tudo será normalizado, já que o Posto de Saúde está funcionando há apenas uma semana.
Em relação a segurança o local ser feita por alarmes de uma empresa da capital mineira, e em caso de invasão a enfermeira, Fabiane Magela, é acionada (o que também ocorre em todos os PSFs da cidade), a secretária adjunta Maria Inês Macedo explicou que: ?a licitação para o serviço foi feita em junho do ano passado e vence no próximo mês e já estamos nos organizando para que isso não ocorra mais, como sou enfermeira de UBS e atuava na função até o ano passado, sempre discordei desse método, porque apesar da enfermeira ser a responsável pelo posto, ela não pode ter responsabilidade de averiguar se o local está sendo furtado?.
Questionados pela falta de um funcionário para fazer a limpeza da UBS, a coordenadora das enfermeiras dos postos foi quem explicou, informando que uma profissional já foi desviada para o local, mas que a mesma está de férias e só retorna no dia 7 de junho. ?Como nós não temos uma funcionária extra, vamos fazer rodízio, com as responsáveis pela limpeza em outros postos? disse Marinês Tomé.
Em até 10 dias, o espaço não mais servirá apenas para abrigar o Posto de Saúde. ?Nos próximos dias já serão feitos no local, atendimentos de pediatria, ginecologia e obstetrícia e estamos analisando se haverá a possibilidade de colocar também, dermatologia. O espaço é amplo e será bem utilizado?, garante o secretário de Saúde Rafael Tomé.
Agora é aguardar para ver os benefícios que a obra no valor de R$568.983,73 trará para a comunidade do bairro Vila Didi e para o restante da população do município.
Posto de Saúde do Bairro Vila Didi ainda não funciona a pleno vapor
Apesar do pouco tempo de funcionamento, há problemas a serem solucionados. Todos de pleno conhecimento do secretário de Saúde, Rafael Tomé.