A proximidade das Copas das Confederações, que acontece em junho deste ano, e do Mundo, que será disputada em 2014, ainda não conseguiu levar o belo-horizontino às salas de aula dos cursos de idioma, mas já produz reflexo nos preços das aulas. No último ano, o valor pelo serviço subiu até 30% – e a tendência é subir ainda mais à medida que as competições se aproximam e a procura por aulas personalizadas cresce.
O mercado está aquecido e já aconteceu um aumento de preços. Em Belo Horizonte, os cursos ficaram 30% mais caros no último ano, diz o proprietário da Up Time, Sérgio Monteiro. Ele acrescenta que a rede não concorda com a alta, mas segue a tendência de mercado.
Na minha opinião, isso não é bom, mas a gente acompanha. Se ficarmos de fora e cobrarmos um preço muito abaixo do mercado, isso desvaloriza nossa prestação de serviço, avalia.
Na Cultura Inglesa, os cursos regulares tiveram apenas a correção da inflação, mas as aulas particulares, que são feitas sob medida para atender à necessidade dos alunos, tiveram alta de 30%. Quando chegar em 2014 vai ficar ainda mais caro. As pessoas vão pagar pela falta de planejamento, diz o gerente da unidade Belvedere, Tarso Cunha. Essas aulas já custam, em média, 50% a mais do que as aulas regulares.
No Number One, os preços ainda não subiram, mas o presidente da rede de franquias, Marcio Mascarenhas, diz que quem deixar para a última hora vai sentir no bolso. Vai ter que pagar mais caro para aprender em pouco tempo, avisa.
Cunha ressalta que, além do preço mais alto, o tempo vai ficando insuficiente para que o aluno aprenda o idioma. Espero que não pensem que inglês se aprende em um mês, afirma. Ele diz que para um nível básico é preciso estudar pelo menos dois anos.
Na Up Time, o proprietário garante que é possível ser fluente com um ano de estudo. Mesmo assim, o prazo já está apertado para a Copa do Mundo, que vai começar em junho de 2014.
Procura
Se a Copa ainda não motivou o aprendizado de inglês, não significa que a demanda pelos cursos esteja baixa. Pelo contrário. Pessoas que buscam melhor capacitação profissional ou querem viajar para o exterior estão enchendo as salas de aula. Com o crescimento das classes C e D, há um nicho de pessoas que nunca estudaram inglês e, agora, querem estudar, diz Marcio Mascarenhas, do Number One. Ele diz que a alta na procura começou há dois anos e meio e fez a média de crescimento anual da rede saltar de 8% a 10% para os atuais 12%.
Para as copas, não tem procura, mas as pessoas procuram por outros motivos, principalmente acadêmicos e de negócios, diz Tarso Cunha, da Cultura Inglesa.
Na Up Time, Sérgio Monteiro também diz que os alunos buscam aprender inglês para a vida. Ele acredita que o efeito dos eventos esportivos pode aparecer depois do Mundial de 2014. Acredito que a procura pelos cursos vai aumentar depois da Copa do Mundo, porque as pessoas notarão o quanto estão despreparadas. É igual quando você viaja para os Estados Unidos achando que vai conseguir se virar. Chega lá, paga um mico danado, e, quando volta, procura um curso de inglês, afirma.
Preços dos cursos de inglês sobem até 30% com a Copa
Para um nível básico é preciso estudar pelo menos dois anos.
Para um nível básico é preciso estudar pelo menos dois anos.
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