A Prefeitura de Oliveira assinou na segunda-feira (14) um memorando de intenção com o Instituto Butantan para a compra de 18 mil vacinas contra a Covid-19. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Saúde, Lucas Lasmar, por meio da página dele no Facebook na quarta-feira (16).

Segundo Lasmar, o acordo entre o município e o Butantan foi necessário, uma vez que, por parte do Governo Federal ainda não havia sido anunciado o Plano Nacional de Imunização (Vacinação).

Entretanto, na quarta, o governo federal lançou oficialmente o plano nacional de vacinação. No sábado (12), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde já havia apresentado uma versão do documento, que recebeu alguns ajustes nesta semana.

Nesta quinta (17). Não foi informado se com o anúncio do plano de imunização feito pelo governo federal, a Prefeitura pretende mudar o que foi proposto para a população em Oliveira.

A vacina produzida no Instituto Butantan é a CoronaVac da farmacêutica chinesa Sinovac. Entretanto, permanece indefinida a data de início da vacinação, o Ministério disse que vai aguardar que desenvolvedores obtenham a licença e disponibilizem as doses. O ministro Eduardo Pazuello projetou “meados de fevereiro” como uma data provável.

Programa municipal de imunização

Conforme comunicado feito pelo secretário, as doses serão destinadas para a população idosa com vacinação em domicílio, Vila Vicentina, asilo, profissionais de saúde e as pessoas acamadas que recebem a visita do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD). A outra parcela da população será vacinada apenas quando a vacina for disponibilizada pelo Ministério da Saúde.

Lasmar disse também que o custeio da compra das vacinas será através das emendas parlamentares do deputado estadual Sávio Souza Cruz e deputado federal Paulo Abi-Ackel. A intenção, conforme destacou o secretário, é criar uma estratégia para assegurar vacinas para a população mais vulnerável.

Plano Nacional de Imunização

Novos grupos prioritários e a previsão de utilização da CoronaVac foram incluídos na versão do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 apresentado oficialmente na quarta-feira (16).

Os dois acréscimos são as principais mudanças em relação ao que o Ministério da Saúde já havia divulgado na semana passada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, a atual versão do plano também excluiu a lista com nomes de pesquisadores antes citados no documento como colaboradores. No sábado, o grupo divulgou nota dizendo que não foi consultado.

Ainda durante a apresentação do plano, outra polêmica com a comunidade científica foi abordada: o governo afirmou que o “termo de responsabilidade” ainda será exigido de quem tomar vacina que tiver aprovação com o status de “uso emergencial”. Especialistas são contra a exigência de assinatura de um termo.

Segundo o governo, 49,6 milhões de pessoas serão vacinadas nas três primeiras etapas do plano. Ainda de acordo com o governo, a vacinação no Brasil deve ser concluída em 16 meses – quatro meses para vacinar todos os grupos prioritários e, em seguida, 12 meses para imunizar a “população em geral”.

O governo afirma que é preciso esperar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o registro de vacinas. Até agora, nenhum pedido de registro chegou ao órgão.

Fonte: G1

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