Até o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu ao PSC, ontem, que escolhesse outro integrante da bancada para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa. Mas o indicado, o controverso Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), resistiu mais uma vez.
Durante a tarde, chegaram a surgir rumores de que o paulista havia renunciado ao posto, o que não se confirmou. O boato deveu-se ao risco de não funcionamento do colegiado. Segundo interlocutores, o peemedebista aguarda uma bala de prata para que a presidência possa agir de modo mais enfático, como uma intervenção.
Com a insistência do pastor em continuar no cargo, Eduardo Alves disse que aguarda para os próximos dias que a cúpula do PSC apresente uma solução respeitosa para o impasse.
O peemedebista convocou Feliciano para uma reunião na noite de ontem, mas ele não compareceu. Porém, o líder do PSC na Casa, André Moura, afirmou que o partido irá analisar a situação. Assumimos o compromisso de fazer uma avaliação e principalmente do apelo do presidente para que a gente converse com o deputado para que analise a possibilidade de sair da presidência da comissão.
Mais uma vez, a sessão do colegiado teve que ser suspensa ontem devido a protestos de movimentos sociais contra o pastor. Hoje eu vou falar uma vez só: se atrapalharem, a Polícia Legislativa vai ter que agir, ameaçou Feliciano, antes de deixar a sala, sob vaias, oito minutos após sua chegada.
Mais cedo, foi instalada a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, capitaneada por opositores do pastor. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que entraria, ainda ontem, com uma representação criminal contra Feliciano por conduzir uma campanha difamatória contra rivais.
Érika Kokay (PT-DF) e Domingos Dutra (PT-MA) também vão assinar a ação para apurar o eventual elo do pastor com a produção de um vídeo que chama de rituais macabros os atos contra sua indicação.

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