O governo brasileiro negociou nesta quarta-feira (20) com a Rússia a compra de cinco baterias de mísseis antiaéreas durante visita do primeiro-ministro do país, Dmitri Medvedev, a Brasília, segundo o Ministério da Defesa.
O principal produto em negociação são os sistemas de artilharia antiáerea Pantsir-S1, com capacidade de médio alcance, podendo atingir alvos entre 3 km e 15 km. Esta bateria que permite atingir média altitude também pode ser uma das exigências da Fifa para a Copa do Mundo de 2014.
Para ter uma ideia da importância da artilharia de médio alcance, todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm esta capacidade de abate nesta altura. Nenhum na América Latina conta com o instrumento.
Os mísseis russos podem preencher outra necessidade do Brasil, por possuírem tecnologia de guiamento e seguirem os alvos após serem disparados.
O Brasil pretende comprar duas baterias antiaéreas do modelo Igla, de baixo alcance, e três do modelo Pantsir-S1, de médio alcance. O valor da negociação não foi informado pelo governo.
O objetivo é a modernização do sistema brasileiro de artilharia antiaéria. A estimativa é que os gastos fiquem em torno de R$ 859,4 milhões de investimentos na área até 2023.

COMPATILHAR: