Priscila Rocha

Na sexta-feira passada (20), a Prefeitura de Formiga decretou situação de emergência devido ao alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e zika.

Segundo a Secretaria de Saúde, entre as medidas adotadas contra o mosquito, está a limpeza de locais públicos que podem servir de criadouro. Agentes de controle de endemias visitam casas e orientam moradores sobre o risco de haver focos em reservatórios e aplicam compostos químicos para impedir a procriação. Se um caso suspeito de dengue é notificado, os agentes vão até a casa da pessoa e checam se existem focos do mosquito no imóvel.

Ao que parece essas medidas estão deixando a desejar. Na segunda-feira (23), um morador do bairro Novo Horizonte entrou em contato com o jornal informando que teve dificuldades para denunciar um lote sujo.

O lote localizado na rua Hortência de Castro, após o número 200, esquina com a Theodoro Rodrigues, antes do 228, está repleto de lixo e entulho, o que faz do imóvel um lugar propício para se tornar um criadouro do Aedes aegypti.

Segundo o morador, na semana passada ele foi até a sede da Secretaria de Saúde, no edifício Antônio Vieira, para fazer a denúncia. No Setor de Endemias o morador foi informado que a denúncia tinha que ser feita no Departamento de Gestão Ambiental. “No setor de endemias fui atendido por um funcionário chamado Anderson, que anotou minha questão em um papel e depois me disse que a denúncia tinha que ser feita em outro local”, informou o cidadão.

“Aí começou a minha saga”, disse o morador que foi até o Departamento de Gestão Ambiental e lá foi informado de que a denúncia teria que ser feita no Departamento de Planejamento. “No local, conversei com um funcionário e ele me informou que o proprietário do lote será notificado. Eu pedi então um protocolo para acompanhar a denúncia e fui informado de que não existia. Eles não aceitaram nem as fotografias que tirei como prova e me disseram para ligar daqui a 30 dias”, disse o morador que completou, “insisti em algo para acompanhar a denúncia, que caso não resolvesse iria ao Ministério Publico. O funcionário chamado Jorge me respondeu que poderia ir se quisesse e que a Prefeitura não tem nada a ver com o Ministério Publico. O que adianta essa propaganda se na prática não tem uma estrutura para tal?”.

No Engenho de Serra

Outro solicitante, morador do bairro Engenho de Serra, também entrou em contato com o jornal relatando a dificuldade de encontrar uma solução para um lote sujo no bairro.

De acordo com o cidadão, o lote está localizado aos fundos do Centro de Educação Infantil Conceição Maria de Almeida, na Travessa Antônio Carlos e tem preocupado pais de alunos que estudam na instituição.

“Com o risco de infestação do mosquito da dengue estamos todos preocupados. As aulas vão começar e estamos com medo do lugar se tornar um criadouro do mosquito, além do aparecimento na escola de animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões”. O morador informou ainda que foi na Prefeitura denunciar, mas não obteve êxito. “Na Prefeitura fui informado que a cidade conta apenas com três capinadores e que não saberiam me precisar quando o lote seria limpo”.

Em dezembro de 2015 os pais dos alunos também entraram em contato com o jornal para denunciar o mesmo problema.

 

Lote no bairro Engenho de Serra (Foto: Glaudson Rodrigues/Últimas Notícias

Lote no bairro Novo Horizonte (Foto: Reprodução/Facebook)

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