A professora Cláudia de Oliveira Gonçalves Nogueira defendeu, em setembro do ano passado, a tese “Sustentabilidade da Atividade Minerária no Polo Minero Industrial da Microrregião de Formiga, MG”. O doutorado foi realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), área de concentração Ciências Florestais.

A banca foi constituída pelos seguintes docentes: Dr. Aladir Horácio dos Santos (Unifor-MG); Dr. José Luiz Pereira Rezende (UFLA); Dra. Rosângela Alves Tristão Borém (UFLA); e professor João Carlos Costa Guimarães (Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI).

Sobre os estudos, Cláudia de Oliveira Gonçalves Nogueira explicou que a Microrregião de Formiga-MG se destaca no cenário econômico estadual como grande produtora de calcário agrícola e de produtos originados da mineração do calcário. “Sabendo da importância dos produtos advindos da mineração e também da importância da mineração no cenário econômico regional, torna-se necessário realizar estudos para que a atividade se torne sustentável e gere produtos cuja característica ambiental seja desejável”, argumentou.

De acordo com a pesquisadora, o estudo visou caracterizar e analisar a atividade de mineração de calcário na microrregião de Formiga, mais exatamente nos municípios de Arcos, Pains e Córrego Fundo, caracterizar a mineração de calcários e analisar seus impactos socioambientais. Ela afirmou que foi usada a metodologia do Barômetro da Sustentabilidade na busca de avaliar a sustentabilidade do município de Arcos, escolhido por apresentar maior número de indústrias de mineração e faz uma proposta de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) usando a metodologia SWOT.

“Foram levantadas as principais atividades dentro do processo minerário, correlacionando seus impactos ambientais mais significativos. Pontualmente, a mineração na Microrregião de Formiga evoluiu da década de 1970 até hoje, com potencial de exploração a longo prazo, visto que na região encontram-se muitas jazidas a serem exploradas. Esta exploração futura deve se dar de forma planejada, a fim de mitigar impactos e resolver os passivos ambientais. A mineração de calcário, apesar de empregar considerável parcela da população, gera irrisória contrapartida, pois traz impactos socioambientais significativos e baixa arrecadação com o CFEM”, constatou.

Segundo a professora, a combinação dos índices do bem-estar humano e o do bem-estar ambiental mostrou que o município de Arcos é potencialmente sustentável no subsistema que trata o bem-estar ambiental e intermediária no subsistema que trata o bem-estar humano, embora muito próxima da condição insustentável.

Cláudia leciona no curso de Ciências Biológicas as seguintes disciplinas: Ecologia; Engenharia Ambiental – Biologia e Microbiologia Ambiental. Na graduação em Biomedicina ministra Ecologia e Análise Ambiental, Meio ambiente e Qualidade de Vida no curso de Estética, dentre outras nos cursos de Pedagogia e Fisioterapia.

 

 

Fonte: Unifor-MG||

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