A visita a Minas Gerais da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira (16), para anunciar a liberação de recursos para obras de infraestrutura, previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade, ao mesmo tempo que é comemorada, faz lembrar que muitas promessas foram feitas por políticos durante décadas e nunca foram cumpridas. A maioria delas é relativa a obras. Em Minas Gerais não faltam exemplos de intervenções de infraestrutura que não saíram do papel.
A expansão do metrô da capital mineira tem sido promessa corriqueira dos políticos, assim como as obras de duplicação da BR-381, conhecida como Rodovia da Morte, da BR-040, do Anel Rodoviário e do futuro Rodoanel. Conforme levantamento realizado, grande parte das promessas foi mencionada pela primeira vez no início da década de 90.
As obras de duplicação e revitalização das BR-381 e BR-040, rodovias que cortam Minas e servem de elo entre o interior e o litoral do país, começaram a ganhar os discursos de candidatos e políticos em 1994. Naquele momento, os índices de mortalidade nas estradas aumentaram e a população passou a cobrar dos governantes ações para garantir mais segurança nas rodovias. De lá para cá, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato, e Luiz Inácio Lula da Silva, nas suas duas gestões, tinham as obras como prioridade, mas somente alguns trechos das rodovias foram duplicados.
As promessas em relação ao Anel Rodoviário também surgiram no fim da década de 90. E, além da revitalização de trechos perigosos, uma outra solução foi apontada: a construção do Rodoanel. A obra teria 68 quilômetros de extensão e passaria por oito cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo seria reduzir o tráfego de veículos pesados no Anel Rodoviário, que, originalmente, não foi planejado para comportar esse tipo de trânsito. Somente na semana passada foi anunciada a abertura de edital para licitação do projeto executivo do Rodoanel.
Metrô
Também na semana passada foram anunciados R$ 3,16 bilhões para a expansão de duas linhas do metrô de Belo Horizonte. As promessas de ampliação se repetem há quase 30 anos. Há dez anos a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) liberou R$ 24 milhões para estudos de viabilidade de dois ramais. Hoje só uma linha opera.

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