no, a Defesa Civil interditou a sede do posto de saúde do bairro Sagrado Coração de Jesus alegando problemas estruturais. Para manter o atendimento aos moradores do bairro, a Secretaria de Saúde determinou que, a partir de então, usuários do PSF interditado, fossem acolhidos no posto da Vila Didi.
Porém, pouco mais de um mês após a interdição, são muitas as reclamações de usuários de ambos os bairros sobre a precariedade do atendimento por falta de médicos no local.
A informação é de que o profissional que atendia no posto precisou passar por uma cirurgia de urgência e está afastado, porém, se os profissionais do posto do Sagrado Coração foram transferidos para o da Vila Didi, onde estaria o segundo médico da unidade?
Foi com esse questionamento que, essa semana, a redação do jornal foi procurada para divulgar a dificuldade dos usuários para receberem atendimento e principalmente para terem suas receitas médicas renovadas.
Adriana Maria Rodrigues, de 34 anos, é uma das pessoas que está sem medicamento. ?Eu tenho fibromialgia e não posso ficar sem a medicação, mas no posto não tem médico para renovar a minha receita. Fui à Secretaria de Saúde para tentar resolver o problema, mas me mandaram procurar um médico da cidade (particular) que faz as receitas por R$20, mas ele só faz as de cor branca e a minha é azul. Voltei na secretaria e me mandaram pagar consulta ou esperar o médico voltar?, contou Adriana, que está indignada com a situação.
A mãe de Adriana, de 72 anos, também está sem medicação devido ao mesmo problema. ?O caso da minha mãe (falta de receita) é igual ao meu, a diferença é que eu tenho uma liminar da Justiça, de outubro de 2014, que obriga a Prefeitura a me fornecer, gratuitamente, o meu remédio, o que também não está ocorrendo. Me forneceram durante três meses apenas?, completou.
Outros pacientes com os mais diferentes problemas de saúde e que também dependem da renovação da receita para manter o tratamento, procuraram o jornal, alegando a mesma dificuldade.
Além da falta de médico, assim como ocorre em vários bairros da cidade, incluindo o Bela Vista cuja situação foi pauta de reportagem do jornal na semana passada, no PSF Vila Didi, a coleta de preventivos também está suspensa. ?Cansei de tentar marcar preventivo. Cada dia eles mudam a desculpa, mas de fato, o serviço está suspenso?, comentou uma moradora do bairro.
Sobre os problemas citados, o jornal, como é de praxe, procurou a Prefeitura que, por meio da Secretaria de Comunicação negou todas as denúncias, e só confirmou a cirurgia do médico do PSF sem citar sobre um segundo profissional, que deveria estar atendendo na unidade que acumula os dois postos.
Em nota, a administração afirma que: ?O médico em questão teve de ser submetido a uma cirurgia às pressas e permanece internado. Toda a equipe do posto do Sagrado Coração de Jesus foi transferida para a Vila Didi e está atendendo normalmente. Pode acontecer que, devido ao grande número de casos de dengue, o atendimento demore um pouco mais do que o previsto. Não existe, por parte da Secretaria de Saúde, qualquer orientação para funcionários indicarem consultas particulares. Pelo contrário, a orientação é para que o atendimento seja feito dentro do próprio sistema público e da forma mais ágil possível. Sobre os preventivos, o material está disponibilizado em todas as unidades de saúde e, em caso de qualquer dúvida, basta o usuário procurar a enfermeira de cada posto?.
Diante da negativa da administração em reconhecer os problemas que, segundo os usuários têm colocado vidas em risco, parte dos reclamantes afirmou que procurará o Ministério Público para denunciar o caso.
PSF: Moradores dos bairros Vila Didi e Sagrado Coração reclamam de graves problemas de atendimento
Prefeitura nega a existência dos problemas apontados pela população.
A Defesa Civil interditou a sede do posto de saúde do bairro Sagrado Coração de Jesus alegando problemas estruturais. Para manter o atendimento aos moradores do bairro, a Secretaria de Saúde determinou que, a partir de então, usuários do PSF interditado, fossem acolhidos no posto da Vila Didi.
Porém, pouco mais de um mês após a interdição, são muitas as reclamações de usuários de ambos os bairros sobre a precariedade do atendimento por falta de médicos no local.
A informação é de que o profissional que atendia no posto precisou passar por uma cirurgia de urgência e está afastado, porém, se os profissionais do posto do Sagrado Coração foram transferidos para o da Vila Didi, onde estaria o segundo médico da unidade?
Foi com esse questionamento que, essa semana, a redação do jornal foi procurada para divulgar a dificuldade dos usuários para receberem atendimento e principalmente para terem suas receitas médicas renovadas.
Adriana Maria Rodrigues, de 34 anos, é uma das pessoas que está sem medicamento. “Eu tenho fibromialgia e não posso ficar sem a medicação, mas no posto não tem médico para renovar a minha receita. Fui à Secretaria de Saúde para tentar resolver o problema, mas me mandaram procurar um médico da cidade (particular) que faz as receitas por R$20, mas ele só faz as de cor branca e a minha é azul. Voltei na secretaria e me mandaram pagar consulta ou esperar o médico voltar”, contou Adriana, que está indignada com a situação.
A mãe de Adriana, de 72 anos, também está sem medicação devido ao mesmo problema. “O caso da minha mãe (falta de receita) é igual ao meu, a diferença é que eu tenho uma liminar da Justiça, de outubro de 2014, que obriga a Prefeitura a me fornecer, gratuitamente, o meu remédio, o que também não está ocorrendo. Me forneceram durante três meses apenas”, completou.
Outros pacientes com os mais diferentes problemas de saúde e que também dependem da renovação da receita para manter o tratamento, procuraram o jornal, alegando a mesma dificuldade.
Além da falta de médico, assim como ocorre em vários bairros da cidade, incluindo o Bela Vista cuja situação foi pauta de reportagem do jornal na semana passada, no PSF Vila Didi, a coleta de preventivos também está suspensa. “Cansei de tentar marcar preventivo. Cada dia eles mudam a desculpa, mas de fato, o serviço está suspenso”, comentou uma moradora do bairro.
Sobre os problemas citados, o jornal, como é de praxe, procurou a Prefeitura que, por meio da Secretaria de Comunicação negou todas as denúncias, e só confirmou a cirurgia do médico do PSF sem citar sobre um segundo profissional, que deveria estar atendendo na unidade que acumula os dois postos.
Em nota, a administração afirma que: “O médico em questão teve de ser submetido a uma cirurgia às pressas e permanece internado. Toda a equipe do posto do Sagrado Coração de Jesus foi transferida para a Vila Didi e está atendendo normalmente. Pode acontecer que, devido ao grande número de casos de dengue, o atendimento demore um pouco mais do que o previsto. Não existe, por parte da Secretaria de Saúde, qualquer orientação para funcionários indicarem consultas particulares. Pelo contrário, a orientação é para que o atendimento seja feito dentro do próprio sistema público e da forma mais ágil possível. Sobre os preventivos, o material está disponibilizado em todas as unidades de saúde e, em caso de qualquer dúvida, basta o usuário procurar a enfermeira de cada posto”.
Diante da negativa da administração em reconhecer os problemas que, segundo os usuários têm colocado vidas em risco, parte dos reclamantes afirmou que procurará o Ministério Público para denunciar o caso.
Lorene Pedrosa