Uma criança de 8 anos está internada no Hospital São João de Deus (HSJD) em Divinópolis, com suspeita de febre maculosa. A Prefeitura de Divinópolis informou nesta quarta-feira (29), que foram colhidas amostras de sangue da menina e enviadas para análise na Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte.

Este é o quarto caso suspeito da doença na cidade. No último dia 21, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou a terceira morte pela doença no município. Segundo a SES, a vítima é um idoso de 63 anos, que morreu no dia 4 de agosto após apresentar todos os sinais da doença.

De acordo com a prefeitura, a criança é aluna da Escola Municipal Darcy Ribeiro, localizada ao lado do Parque da Ilha, interditado no início deste mês depois da confirmação da morte de duas pessoas pela doença e que frequentaram o local dias antes de apresentarem os sintomas da doença.

O Executivo, no entanto, informou também que não há confirmação de que a paciente tenha sido picada pelo carrapato nas dependências da Escola.

Casos na cidade

O primeiro caso confirmado da doença foi o de uma jovem de 24 anos. Ela morreu no dia 30 de junho após dar entrada no Hospital São João de Deus (HSJD) com dores no corpo e febre alta.

O segundo caso é o de um idoso de 81 anos que morreu no dia 23 de julho. Ele foi internado no Hospital Santa Mônica com febre alta e dores no corpo. A vítima chegou a ser encaminhada à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas não resistiu.

O terceiro caso é um idoso de 63 anos, que morreu no dia 4. Segundo a Secretaria, ele havia frequentado o Parque da Ilha, apontado pela Prefeitura como um dos pontos de risco da cidade. A Prefeitura também informou que o idoso chegou a ser encaminhado para o hospital, mas teve uma rápida evolução do quadro clínico.

Trabalho educativo

A Semusa reforçou o trabalho educativo sobre os perigos da febre maculosa no final julho quando, segundo o município, foi feito um trabalho de desintetização do Parque da Ilha. Agentes de saúde percorreram outros locais considerados de risco para alertar as pessoas sobre a forma de transmissão, sintomas e cuidados no caso de suspeita da doença.

O trabalho começou pelas áreas de caminhada próximas ao Rio Itapecerica, as pistas de corrida nos bairros Santa Clara e Bom Pastor, Porto Velho e Parque da Ilha que são considerados de risco em decorrência do grande número de capivaras encontradas nestes locais.

O animal é considerado um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela ou micuim, transmissor da doença. Esse carrapato hematófago também pode ser encontrado em bois cavalos, cães, aves domésticas e roedores.

 

 

Fonte: G1 ||

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