Ainda é cedo para afirmar. Mas o prefeito Moacir Ribeiro começou seu governo se explicando demais, tendo que encontrar razões para os boatos de toda ordem, que surgem aos montes, com o objetivo de tranquilizar a população, mostrando que, de fato, ?é ele quem manda na Prefeitura?.
Provavelmente, a onda de boatos negativos que rondam o ?JK formiguense? tem alicerce no fato de que a vitória de Moacir nas urnas não representou a escolha da maioria dos eleitores, e sim, uma pequena parcela que depositou seu voto no político, considerando os 11.727 votos que recebeu, frente a um universo de 44.552 eleitores que compareceram às urnas nas eleições do ano passado.
Os bate-papos das redes sociais podem comprovar que a população adotou literalmente a personalidade atribuída ao cidadão mineiro: a desconfiança. Os formiguenses andam meio cabreiros com os rumos que irão tomar o governo de Moacir Ribeiro. Primeiro, o concurso tão desejado, que foi cancelado. E, com isso, surgem os boatos de que o cancelamento teve a ver com os ?empregos prometidos?, antes da eleição, e que agora precisam ser encaixados de alguma maneira na máquina pública. Antes disso, a nomeação de parentes do vice-prefeito Eduardo Brás/PSDB em cargos de alto escalão na Prefeitura. Também há a turma que ficou insatisfeita com a falta de apoio financeiro às escolas de samba. Mas nisso o governo pode se justificar dizendo que falta dinheiro nos cofres públicos e a que a prioridade é pagar as dívidas deixadas pela administração anterior. Outra insatisfação expressa no mundo virtual trata-se do fato de que a maioria do secretariado veio de outras cidades para se instalarem aqui, sem terem vivenciado a realidade do município.
Toda semana é um novo boato que brota do nada (será?) acerca do novo governo. Recentemente, ?o disse e não disse? do vereador Zezinho Gaiola/PMDB, de que não deixará a Câmara para se tornar secretário de Esportes e Lazer. Depois de uma manchete escancarada em um jornal local, ao que parece, Zezinho resolveu voltar atrás e deixou de lado a ?permuta?. Dizem às más línguas que o convite para ser secretário surgiu até mesmo antes de ele tomar posse como vereador. E que estava mesmo, quase certa, a sua ida para o Executivo.
O primeiro mês de governo do ?Jk formiguense? está sendo marcado pela boataria ou por informações que, ainda que verdadeiras, não encontraram um narrador que tenha a coragem de falar sobre os bastidores da política e sobre a real face dos que se sentam nas ?cadeiras do poder? (nem sempre os titulares ou legalmente contratados para tal).
Hoje, na era da informação, tudo que é escrito, seja no papel, ou nas letras digitais do computador, na fala transmitida no rádio, na televisão e na internet, fica eternamente gravado. E é dessa forma que os fatos viram história, mas em tempo recorde, quase que simultaneamente ao mesmo passo em que eles ocorrem. Qualquer um pode ser historiador do seu presente. Nunca a frase do cineasta Glauber Rocha ?uma câmera na mão e uma ideia na cabeça? esteve tão em evidência, porém, na era da internet, isso tomou proporções maiores e mais democráticas. Quem viver poderá confirmar se o disse-me-disse no atual governo de Moacir foi mesmo intriga da oposição ou se os ?olheiros de plantão? tinham razão ao disparar suas fofocas.

Tiro no pé?
Na quinta-feira (24), pela manhã, fomos surpreendidos com a notícia de que nós todos, pagantes de impostos, estaremos financiando uma ação que, em primeira instância, parece injustificável. Tempo de funcionários, combustíveis, guinchos e, certamente, o pagamento de adicional noturno e horas extras, estarão sendo jogados ao léu, para permitirem em via pública a exposição de uma infinidade de cacarias adquiridas há décadas por administrações anteriores e que agora serão apresentadas à população como parte importante de uma ?herança maldita? deixada pela administração petista.
Importante será mostrar também à população o grande número de veículos e máquinas novas adquiridas nos últimos anos. Estas, se trazidas para a via pública, certamente não precisarão do auxílio de guinchos. De igual importância será lembrar ao povo que mesmo alguns dos sucatões em foco, até ontem, com zelo e esforço do funcionalismo público, ainda serviam à população. Para quem não sabe, os brooks, o pipa e a Toyota que atenderam a Gestão Ambiental nos últimos 4 anos, apesar de seus quase 40 anos de idade, foram e serão indispensáveis para o bom andamento dos serviços enquanto não forem substituídos.
Se a mostra estiver sendo feita para embasar novas compras ou quem sabe a locação de outros veículos, menos mal. O que a cidade não pode é prescindir deles. Quem não tinha cão, tinha mais é que caçar com gatos, e foi isso que foi feito para não se deixar a população com um atendimento pior que o que a duras penas lhe era oferecido.
Ademais, vale a pena lembrar que muito da sucata hoje exposta, já estava devidamente desativada e oferecida a leilão público, como de praxe ocorreu em várias administrações anteriores. Vale a pena lembrar também que se o Legislativo, de fato cumprisse suas obrigações legais, fiscalizando e exigindo ações do Executivo, talvez, esta frota arcaica, já houvesse sido renovada há mais tempo. Afinal de contas, temos veículos em funcionamento, há muito mais tempo que, por exemplo, os somados nos 7 mandatos como vereador, do atual prefeito.

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