O reajuste de 14,3% no valor do salário mínimo, que passará dos atuais R$ 545 para R$ 622,73 em janeiro, deverá injetar cerca de R$ 64 bilhões na economia brasileira em 2012. A destinação desses recursos para consumo ou pagamento de dívidas tende a acelerar os negócios e permitir que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil volte a crescer no primeiro trimestre do ano que vem, depois de ficar praticamente estagnado ao longo do segundo semestre deste ano.
?Se isso viesse num momento de atividade econômica excitada, promoveria muita preocupação, disse o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Francini.
Nos cálculos da LCA Consultores, o ganho real de 7,5% do salário mínimo deverá agregar 0,3 pontos porcentuais ao crescimento do consumo das famílias, componente que responde a 60% do PIB brasileiro sob a ótica da demanda. Assim, o reajuste do mínimo agregaria 0,2 pontos porcentuais ao crescimento do PIB como um todo no ano que vem.
O aumento real de 7,5% deverá beneficiar cerca de 66 milhões de pessoas, o que representam 46% da população que recebe algum rendimento no país. O cálculo inclui aposentados e pensionistas que também recebem um salário mínimo.

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