Na manhã de segunda-feira (20) foi realizada uma reunião entre representantes da Santa Casa de Caridade de Formiga e membros do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde de Formiga (STSSF). O encontro ocorreu na sede do hospital. O objetivo foi dar seguimento às negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), referente ao período 2010/2011.
Na ocasião, os membros do STSSF teriam que apresentar uma contraproposta à Santa Casa, em relação à proposta apresentada pela instituição em encontro realizado no dia 23 de agosto, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/MG ? Gerência Regional do Trabalho e Emprego, em Divinópolis. O presidente do órgão, Paulo José de Oliveira, alegou que a mesma foi rejeitada em sua totalidade pelo Sindicato, manifestando interesse para que fosse mantida a primeira pauta de reivindicações apresentada pelo STSSF.
Os representantes da Santa Casa, tentando uma conciliação, solicitaram uma reavaliação do documento. Porém, somente alguns itens foram avaliados e discutidos pelo Sindicato. Após as colocações, o STSSF perguntou se todas as propostas analisadas no momento estariam, definitivamente, validadas pela Santa Casa.
A gestora estratégia da instituição, Janaína Maria de Oliveira Silva, afirmou que, para que isso fosse possível, todas as questões discutidas deveriam ser deliberadas e aprovadas pela Mesa Administrativa, responsável direta pelo gerenciamento da instituição. ?Não podemos [representantes e advogados da Santa Casa presentes à reunião] assumir o compromisso de deliberar as propostas discutidas sem que a Mesa Administrativa tome conhecimento dos fatos. A Santa Casa é uma instituição que pertence à comunidade e, por isso, não pode ser representada somente por nós. Seria inconsequente da minha parte dar fim às negociações sobre os itens propostos sem que a Mesa Administrativa participasse das decisões. A equipe de gestores da Instituição respeita e tem enorme consideração por todos que colaboram com a administração da Santa Casa?, explica Janaína.
Em razão de tal decisão por parte dos representantes do hospital, todos os membros do Sindicato abandonaram a reunião, afirmando que não discutiriam nenhuma das demais cláusulas constantes na pauta apresentada.
Por não haver acordo entre as partes durante o encontro, a Santa Casa irá solicitar à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/MG ? Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Divinópolis que agende uma nova reunião entre hospital e sindicato para dar seguimento às negociações, uma vez que a Instituição não concorda com o Dissídio Coletivo.
Trajetória
Um novo ACT está sendo negociado entre a Santa Casa e o Sindicato desde o dia 16 de julho, quando foi publicado o arquivamento do Dissídio Coletivo de Trabalho 2009, após o julgamento do processo pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Duas reuniões já foram realizadas entre representantes das partes ? nos dias 30 de julho e 23 de agosto.
Durante os encontros, propostas foram apresentadas por ambos os envolvidos e, na última reunião, foi acertado que o Sindicato deveria analisar a proposta feita pela Santa Casa, até o dia 03 de setembro, quando o órgão emitiria um posicionamento. Uma carta foi entregue à administração do Hospital, explicando que o STSSF recusava, totalmente, a proposta apresentada pela Instituição. Por esse motivo, uma reunião foi agendada para o dia 20.

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