Durante um ano, o Idec Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) manteve contas correntes nos dez maiores bancos do país. Uma pesquisa divulgada na Revista n° 141 – Março de 2010, do Idec, mostrou que, nesse período, as instituições financeiras cometeram inúmeras infrações à legislação.
Os dez maiores bancos avaliados foram Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Santander e Unibanco. As sete etapas da pesquisa foram abertura de contas; aquisição de crédito e solicitação do Custo Efetivo Total (informação do valor total da operação de crédito); liquidação antecipada do crédito contraído; conversão das contas em Serviços Essenciais; avaliação dos serviços em terminais de auto-atendimento e na internet; avaliação dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs); e encerramento das contas correntes. Nesta última etapa o objetivo primordial foi verificar se os bancos enviariam ou não o comprovante de cancelamento da conta no prazo de 30 dias, conforme prevê a Resolução no 2.747/2000, do Banco Central (BC). Banrisul e Real desrespeitaram a norma.
Após 12 meses de relacionamento, o Idec fez um balanço de tudo o que ocorreu. Para isso, foram criadas 3 frentes de avaliação: práticas bancárias, análise dos contratos de abertura de contas e análise dos contratos de concessão de crédito. No quesito práticas bancárias, foram avaliados 16 itens. O número de itens respeitados por cada banco foi dividido por 16, resultando em um índice de 0 a 100%. O índice médio de desempenho foi 55%. Isso mostra um abismo entre o discurso dos bancos e suas práticas, afirma a economista Ione Amorim, coordenadora da pesquisa.
Real e Santander tiveram a pior marca, ficando com 38%. O segundo pior índice ficou com o HSBC: 40%. Mas ele foi avaliado em apenas dez itens, pois como não concedeu crédito ao pesquisador correntista, não pôde ser avaliado em seis itens. Bradesco, CEF e Itaú foram os bancos mais bem cotados, todos com 69%, apesar de abaixo do esperado.

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