Cidades históricas de Minas Gerais não vão realizar festas de carnaval em 2022. Os municípios também decidiram não promover comemorações no Réveillon. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (10), após reunião da Associação das Cidades Históricas em Ouro Preto, na Região Central de Minas. 

A decisão foi tomada em conjuntos por 30 Prefeituras que integram o movimento. “A saúde é sempre prioridade dos nossos governos. Algumas cidades têm vacinação concluída, mas precisamos ter cuidados com as aglomerações, grandes eventos”, afirmou o presidente da associação e prefeito de Itapecerica, Wirley Reis.

A favor do cancelamento das atividades pesou o cenário de incerteza em relação à pandemia da Covid-19, e a suspensão das festividades em Belo Horizonte. Apesar da não realização das comemorações, os municípios garantem que permanecerão abertos aos turistas. “Não vamos realizar e apoiar grandes aglomerações, mas cidades não estarão fechadas ao turismo. Vamos incentivar o turismo cultural, esportivo, cicloviário e rural, porque o turismo é primordial para o desenvolvimento das nossas cidades”, complementou Reis. 

Na avaliação do prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, caso as cidades históricas optassem pela realização do Réveillon e Carnaval, haveria um risco grande do registro de aglomerações. “Muitos moradores já pediam a não realização. E Belo Horizonte não promover o Carnaval nos deixaria em vulnerabilidade enorme para receber um fluxo tremendo de pessoas”, acrescenta. 

Oswaldo afirma que a prefeitura ainda se posicionará, oficialmente, até o dia 15 de dezembro, após conversas com a liga das escolas de samba e associação dos blocos. 

Em Mariana, segundo o prefeito Juliano Duarte, o posicionamento contrário às festas foi feito no início da semana. “Em Mariana a economia não estará acima da saúde das pessoas. Mesmo com índices baixos de óbitos e contaminações, tomamos a decisão que é apoiada pela maioria da população”, ponderou. 

Recuo

Em entrevista ao jornal O Tempo nas últimas semanas, o prefeito de Diamantina, Juscelino Roque, afirmou que a cidade, na contramão de outras prefeituras, realizaria o Carnaval. Todavia, houve mudança de postura e a folia está suspensa na cidade, segundo o vice-prefeito, Alexandre Magno. “Semana passada decidimos por não ter Carnaval e Réveillon. Diamantina já está tendo um fluxo intenso de turistas e se abrisse mais no Carnaval, poderia ter consequências negativas na saúde”, justificou.

Balanço

A Associação Mineira de Municípios (AMM) deve divulgar, nas próximas semanas, balanço sobre a realização das festas em todas cidades do Estado. De acordo com o órgão, a expectativa é de que a maioria das prefeituras siga o caminho adotado pelas cidades históricas.

Fonte: O Tempo

COMPATILHAR: