Alunos da Escola Estadual Professor Joaquim Rodarte, em Formiga, e da Escola Estadual Ribeiro Pena, em Betânia, participaram de mais um evento com o tema Experiências Vividas.
Desta vez, quem falou aos alunos foi o 3º sargento de cavalaria Cláudio José Coutinho, natural de Formiga, e que atua no batalhão do Exército de Pirasununga. Ele foi voluntário na missão de paz que a Organização das Nações Unidas (ONU) lidera no Haiti e testemunhou o terremoto que abalou aquele país, ocorrido no dia 12 de janeiro deste ano.
Segundo o professor de história Luciano Costa, o trabalho tem por objetivo promover aulas diferenciais com a participação de pessoas da sociedade prestando depoimentos de vida para que os alunos possam relacionar os fatos relatados à história, proporcionando uma nova didática de ensino que é mostrando a história que aconteceu e que acontece pelo ponto de vista de quem testemunha, e não pelo ponto de vista dos livros didáticos, frequentemente usados em sala de aula.
Como ressalta o professor, no ano passado, foi promovido um debate com o tema ?Experiências Vividas?, com a presença de pessoas que viveram o período de repressão causado pela ditadura militar no Brasil, na década de 60, e foi um sucesso.
Dando continuidade aos trabalhos, foram ministradas palestras pelo sargento formiguense que esteve no Haiti. A primeira delas ocorreu no dia 25 de fevereiro na escola em Betânia, e a segunda no dia 2 de março, no plenário da Câmara Municipal, com a participação de 160 a 180 alunos dos nonos anos e segundo ano do ensino médio da escola Joaquim Rodarte. Já no dia 3 de março foi a vez de todos os estudantes do noturno da escola Joaquim Rodarte assistirem à palestra.
Além de falar sobre o Haiti antes e depois do terremoto, o sargento Coutinho também explanou sobre as tradições e costumes dos haitianos e as consequências da colonização que o país sofreu, mesmo sendo a primeira nação a abolir a escravidão na América, em 1798, e o segundo a tornar-se independente (perdeu apenas para os EUA).
De acordo com o professor Luciano Costa, os alunos ficaram maravilhados com o testemunho e, principalmente, com as condições de vida dos haitianos , já que cerca de 90% da população vivem abaixo da linha de miséria, sem saúde, água tratada, saneamento básico e alimentação. ?Foi enriquecedor e diferente para todos os alunos? , enfatiza o professor de história.
O projeto coordenado por Luciano Costa terá continuidade esta semana nas cidades de Córrego Fundo e Pedra do Indaiá.

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