A secretária adjunta de Saúde, Maria Inês Macedo, se reuniu com parte da imprensa, nesta segunda-feira (22), e explicou sobre a redivisão dos PSFs em Formiga. O secretário de Saúde, Rafael Tomé, também participou do encontro.
Maria Inês falou sobre o trabalho da imprensa, que contribui com o serviço municipal e disse que queria deixar claro para a população formiguense que a redivisão dos Postos de Saúde não passa por um desejo individual ou por uma minoria da Secretaria de Saúde. ?Essa redivisão é feita para atender a portaria 2488/2011, que vem subsidiar que a pasta foi auditada em abril de 2012 e para atender o Conselho Regional de Enfermagem (Coren), que faz uma visita no município e detecta essa redivisão. Essa vistoria ocorreu em fevereiro?.
A secretária adjunta ressaltou que havia equipes de saúde atendendo mais de 5 mil pacientes. ?Estava ocorrendo uma disparidade. Uma população de 5 mil ficava de prejuízo em relação às outras. Pela lógica tivemos que fazer essa redivisão?.
De acordo com relatório da equipe do Coren, cada equipe poderá atender, no máximo, 4 mil habitantes. ?A média é de 3 mil e cada agente de saúde poderá se responsabilizar por 750 pessoas. Quando o conselho faz a notificação, menciona a portaria. Ele nos deu 15 dias para começarmos a fazer essas mudanças, de acordo com o que foi observado?.
Já na auditoria de 2012, feita pela equipe da Secretaria Superintendência Regional de Saúde, foi detectado o número de famílias que são atendidas em alguns PSFs como: Bela Vista, com 4483 pessoas; Alvorada, com 5001; Água Vermelha, com 4486; Asadef com 4506 e no Abílio Coutinho II com 4835 pessoas cadastradas.
Há duas semanas, o vereador Cabo Cunha/PMN pediu informações na reunião do Legislativo. De acordo com ele, foi feita a transferência de vários pacientes do Posto de Saúde do Água Vermelha para o Posto do bairro Santa Cruz. ?No PSF do bairro Água Vermelha haviam cerca de 4 mil pacientes e menos de mil no Santa Cruz. Uma cadeirante que me procurou mora a pouco menos de cem metros do Água Vermelha foi transferida para o outro PSF?.
De acordo com Maria Inês, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. ?Isso conta também com o perfil da população, como exemplo, mais idosos ou dependentes químicos, colocar menos de 4 mil pessoas. O município está fazendo essa redivisão e não é uma iniciativa própria e sim para atender a auditoria e a autorização do Coren, em acordo com a portaria 2488 de 21 de outubro de 2011?.
Dengue
Ainda na entrevista, Maria Inês falou sobre os índices de dengue em Formiga. Foi detectado um número crescente no município, assim como no estado de Minas Gerais, mas nenhum caso de dengue hemorrágica.
Na 16ª semana epidemiológica, que se encerrou no sábado (20), foram atendidos 468 casos suspeitos de dengue. ?Desde o início do ano, tivemos 2107 casos suspeitos. Nesta época do ano ocorrem muitas infecções virais, muita febre. A partir daí, é que vamos fazer uma triagem para detectar se é dengue ou não. Foram realizadas 488 coletas de sangue para a sorologia, do início do ano até agora?, explicou Maria Inês.
A Secretaria de Saúde recebeu o resultado de 202 exames, destes, 159 foram confirmados positivos.
?A dengue é uma doença infecciosa e nesta época do ano é crescente. Em 2010, tivemos uma epidemia. Do ponto de vista da administração pública, há uma preocupação de assistência à população formiguense. A secretaria está trabalhando em ações no sentido de minimizar a incidência da dengue com um forte empenho?.
A pasta conta com a ajuda da equipe de educação em saúde, que trabalha com o setor de endemias. ?Com essa situação, do aumento dos casos suspeitos e confirmados da dengue, a Secretaria de Saúde montou em parceria com a Santa Casa um ambulatório da dengue. O atendimento teve início no dia 5 de abril, a porta de entrada é no Pronto Atendimento. O serviço conta com atendimento médico, enfermeiro e técnico em enfermagem, 12 horas por dia. Esse plantão visa atender aquelas pessoas suspeitas de dengue?, explicou.
Em média, 57 pessoas por dia são atendidas no local. ?Houve até 90 atendimentos em um dia. Estamos na 16ª semana epidemiológica e percebeu-se que o gráfico que estava em curva ascendente está com uma tendência a sofrer uma retificação. Esperamos que os casos suspeitos diminuam?concluiu.

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