Na tarde de terça-feira (7) a secretária de Fazenda da Prefeitura, Maria Cristina de Oliveira, se reuniu com os vereadores Mauro César, Luciano Duque, Cabo Cunha, além da auditora da Câmara, Mariana Souza; a secretária geral da Casa, Flávia Tereza e os assessores parlamentares Matheus Faria e Luciene Morais, para esclarecer o fato de não haver respondido a todos os questionamentos a ela endereçados ao longo dos últimos meses.
O atraso acabou resultando na convocação da secretária pelos vereadores, com o fito único de se esclarecer as dúvidas levantadas pelos edis, todas relatadas em correspondências oficiais a ela dirigidas e que, no entender deles [vereadores], ainda não haviam sido respondidas em sua integralidade.
“Nada pessoal, queremos apenas que a senhora cumpra sua obrigação de responder os questionamentos desta Casa” ponderou o vereador Cabo Cunha, antes de iniciar sua fala, após os esclarecimentos feitos pelo vereador Mauro César, em nome dele próprio e do vereador Arnaldo Gontijo, ausente no encontro.
Na reunião, havida a pedido da própria secretária já convocada para comparecer na próxima reunião do Legislativo, na segunda-feira (13), Maria Cristina esteve acompanhada do coordenador fazendário, Cleuton Lima, esclareceu que muitas das perguntas e documentos solicitados pelos vereadores exigiam a participação de outras secretarias para que pudessem ser analisados e /ou fotocopiados, de vez que a exemplo dos documentos relativos a pagamentos a secretários, relativos a salários ou diárias, permanecem em poder da Secretaria de Administração. Outros, que se referiam a aluguéis, pagos ou em atraso, assim como seus respectivos contratos, permanecem em poder da Procuradoria, e assim por diante.
Ajustou-se na reunião que então, todos os ofícios dirigidos à Secretaria de Fazenda e que ultimamente, só eram recebidos via Gabinete do Prefeito; e que nem sempre conforme se verificou, acabaram sendo a ela encaminhados, apesar de ser a destinatária dos ofícios. Diante deste fato, ajustou-se que a secretária responderia por escrito as dúvidas suscitadas pelos vereadores inclusive com o encaminhamento das comprovações, ao mesmo tempo em que ela mesma tomaria a providência de por escrito, encaminhar aos demais departamentos ou secretarias o restante dos questionamentos, para que as providências (esclarecimentos e entrega de documentos comprobatórios), viessem a ser no prazo requerido, encaminhados à Câmara Municipal por quem de direito.
Ficou estabelecido também que a presença da secretaria na Tribuna da Câmara, na próxima segunda-feira (13), estaria assim confirmada e os vereadores Cabo Cunha e Mauro César, chegaram a analisar com a mesma, alguns questionamentos que lhe serão apresentados (todos já constantes de ofícios a ela anteriormente encaminhados e ainda não respondidos) e que, conforme lhe garantiram os edis, são de grande importância para que eles exerçam suas funções de fiscais dos atos do Executivo.
A cordialidade, apesar do clima incialmente criado a partir de pronunciamentos feitos na Câmara pelos edis, foi a tônica da reunião e Maria Cristina se comprometeu a manter o compromisso de cumprir a lei, sendo transparente nas respostas e documentação a ser encaminhadas, dentro dos limites da ética e das imposições que sua função exige.
Para que não pairasse alguma dúvida e diante da afirmativa de que nem toda a correspondência a ela dirigida ao longo destes meses não tenha por alguma razão chegado ao seu conhecimento, os vereadores lhe entregaram, mais uma vez, cópias dos inúmeros ofícios remetidos e que na visão deles, ainda não foram satisfatoriamente respondidos.
Pagamentos de diárias (prefeito e secretários); adiantamento de salário a determinados secretários e servidores de cargos de confiança; relação de imóveis alugados contendo valores e eventuais atrasos; alguns processos licitatórios sobre os quais pairaram dúvidas no entender dos vereadores; relação de pagamentos feitos a oficinas e autopeças; assuntos relacionados com o convênio e pagamentos à Coopelife; ações de despejo em andamento por falta de pagamentos; relação dos maiores credores (fornecedores); valores recebidos do IPVA nos últimos anos, entre outros são alguns dos assuntos objeto de fiscalização por parte dos vereadores.