O caso do menino Pedro, de apenas 4 anos, que precisa ser submetido a uma cirurgia de adenoide com urgência, continua sem solução mesmo após a promessa da secretária de Saúde, Maria Inês Macedo, de que interviria na situação para agilizar a realização do procedimento cirúrgico.
Durante a audiência pública da Saúde realizada no dia 28 de novembro, na Câmara Municipal, a secretária se comprometeu a se reunir com os pais da criança na segunda-feira seguinte, 1º de dezembro, e resolver o problema que tomou grandes proporções após os documentos para o pedido de cirurgia da criança ?sumirem? da sede da Secretaria de Saúde.
A garantia do atendimento à criança foi também avalizada pelo secretário de Comunicação, Flávio Roberto Pinto e comemorada pelos vereadores ávidos de facilitarem o socorro imediato à criança que também esteve presente na reunião, acompanhada pela mãe, na expectativa de boas notícias.
A demonstração de ?boa vontade? dos secretários presentes à audiência, sem dúvida foi a principal ?chave? para destrancar a pauta de votações da Câmara, que vinha se tornando uma ?pedra no sapato? da administração.
O encontro ocorreu, porém, diferente do prometido, nenhuma posição definitiva foi dada até o momento. ?Ela me disse que já havia passado os documentos do meu filho Pedro para a Bete (funcionária da Secretaria) e que agilizaria a marcação da avaliação com o médico otorrino que está atendendo pela Secretaria de Saúde, mas os dias estão passando e nada de marcarem essa avaliação. Meu marido e eu estamos ligando insistentemente no Antônio Vieira e não dizem nada. Falar com a secretária é impossível. A gente liga e avisam que ela está em reunião e 15 minutos depois, ligamos novamente a avisam que ela já foi embora?, comenta Patrícia Carvalho Chaves, mãe da criança.
Com sangramentos nasais constantes e dificuldades para dormir por causa do ronco gerado pela obstrução das vias aéreas, os problemas de saúde do menino começaram quando ele ainda estava com dois anos, e se agravaram após apresentar problemas na garganta que se inflama com facilidade, o que levou à indicação de uma segunda cirurgia, também urgente, para a retirada das amigdalas.
Ainda de acordo com Patrícia, a responsabilidade pelo atraso na realização das cirurgias que colocariam um fim ao sofrimento do menino é sim da administração. Os documentos necessários para o agendamento de uma avaliação do caso de Pedro foram entregues em 2013, na Secretaria de Saúde e ficaram perdidos por cinco meses. Posteriormente, avisaram que os mesmos estavam entre os papéis de pacientes encaminhados para cirurgias. ?No dia 22 de fevereiro deste ano voltei na secretaria e enfim encontraram os documentos e a avaliação foi feita no dia seguinte em Belo Horizonte, quando no laudo, o médico indicou a necessidade da realização da cirurgia. Documentação que também desapareceu e só foi encontrada após matéria do jornal Nova Imprensa no mês passado?, complementou a mãe.
Os pais temem que a espera para a realização das cirurgias comprometa ainda mais a saúde da criança. ?Ele está sempre com febre alta por causa das inflamações na garganta e cansado por causa da dificuldade de respirar e de dormir bem, isso sem falar nos sangramentos do nariz. Tudo isso tem sido muito cansativo para nós, pois, além de tudo, acabo comprometendo o meu trabalho, tentando inutilmente resolver o problema do meu filho?, encerrou a mãe, que aguarda ansiosa a solução do problema para que o filho possa crescer com saúde.

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