Com proximidade do prazo de desincompatibilização, especulações sobre quem deixará o governo Zema para disputar as eleições têm tomado os corredores da Cidade Administrativa.  

O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, negou que será candidato nas eleições de outubro. Ele foi procurado pelo Aparte após a coluna ouvir de fontes na Cidade Administrativa de que o secretário teria, inclusive, comunicado o governador Romeu Zema (Novo) de que deixaria o cargo no final de março, como exige a legislação eleitoral.  

Baccheretti, no entanto, disse que a informação não é verdadeira. “Não procede. Não serei candidato a nenhum cargo. Continuo na secretaria”, disse ele ao Aparte. 

Pela legislação, quem quiser ser candidato em outubro precisa se desincompatibilizar até o dia 2 de abril. Por isso, as especulações sobre quais secretários deixarão os cargos para disputar as eleições têm sido um dos principais assuntos na Cidade Administrativa. 

Luísa Barreto (PSDB), por exemplo, deixou o cargo de secretária adjunta de Planejamento para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de 2020. Não foi eleita e, em seguida, voltou para o governo Zema como presidente da Emater. Depois disso, se tornou secretária de Planejamento, cargo que ocupa até hoje. 

Embora em alguns círculos ela seja apontada como uma potencial candidata a um cargo legislativo no pleito deste ano, a secretária tem dito a pessoas próximas que não disputará as eleições. Ela disse o mesmo ao Aparte. “De fato não serei candidata”, afirmou.  

Além do foco na reeleição de Zema, o Novo quer aumentar a bancada na ALMG para ter condições de dar mais sustentação política ao governador no Legislativo de modo que os projetos do governo avancem na Casa, o que, na maioria das vezes, não ocorreu no primeiro mandato. O partido tem apenas três dos 77 deputados estaduais. O PT, que tem a maior bancada, possui nove.  

Uma saída que é dada como certa no governo Zema é a do secretário geral do Estado, Mateus Simões (Novo), nome mais cotado para ser o vice na chapa do governador à reeleição. Mesmo que isso não aconteça, fontes ligadas ao Partido Novo cogitam que ele pode se desincompatibilizar para tentar uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ou na Câmara dos Deputados. 

Quem também pode se tornar candidato é o diretor geral da Arsae, Antônio Claret Jr. (Novo). Embora não integre o time de secretários, ele é próximo do núcleo duro do governo devido à filiação ao Partido Novo. Por isso, o nome dele é aventado para disputar tanto a ALMG quanto a Câmara. O mandato de Claret na Arsae termina no final de 2024. Procurado pelo Aparte, ele não confirmou nem negou que será candidato. 

Há também nomes do segundo e do terceiro escalão que serão candidatos, como o vice-presidente da Cohab Minas, Márcio Bernardino, o secretário adjunto de Cultura, Bernardo Brandão, e os assessores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Lucas Pitta e Victor Cezarini. Todos eles são filiados ao Novo e tentarão ser eleitos para a ALMG. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, se filiou ao partido e está participando do processo seletivo para ser candidato.

Fonte: O Tempo

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