A semana que começa não será fácil para o governo federal. De agora até a Semana Santa, a presidente Dilma Rousseff terá que resolver muitos problemas. Em relação à base aliada, a insatisfação contaminou muitos partidos. Há problemas com PMDB, PR, PP, PTB, PSC e, até mesmo, com PT. Os partidos querem mais espaço, mas, principalmente, reivindicam um tratamento mais próximo do Planalto.
Nos bastidores, a informação é que Dilma se mantém em uma posição de muito distanciamento do Parlamento, e que seus recados, via ministra Ideli Salvatti, parecem mais ordens do que pedidos. A determinação entre os aliados é forçar um novo tipo de negociação. Além de reverem os espaços de cada partido, querem estabelecer uma forma de diálogo que não seja apenas o ?faça assim?, da parte de Dilma, e o ?sim, senhora?, da parte dos parlamentares.
Em meio a essa confusão, o governo precisa colocar em votação a Lei Geral da Copa, o Código Florestal e várias matérias que já começam a ter o caráter de urgência. A Lei Geral da Copa já deveria ter sido votada. Mas, como colocar assuntos polêmicos em votação se a presidente nem sabe como está sua base? O risco de infidelidade é alto. Dilma não quer ser derrotada em questões de visibilidade internacional. Esportistas e ambientalistas acompanham muito de perto a tramitação das matérias de seu interesse.
Além de tudo, ainda há problemas com ministros. A situação de Fernando Pimentel se agrava, o descontentamento com Ideli é grande, a situação no Ministério dos Transportes é tensa com a pressão exercida pelo PR. Em resumo, Dilma terá que se movimentar muito mais nesta semana. Dizem alguns que terá mesmo que rebolar.

COMPATILHAR: