As inundações causadas pelas fortes chuvas na Europa já deixaram 196 mortos na Alemanha e na Bélgica, segundo balanço atualizado divulgado nesta segunda-feira (19).

São 165 mortes na Alemanha (117 na região da Renânia-Palatinado, 47 na da Renânia do Norte-Vestfalia e 1 na Baviera) e outras 31 na vizinha Bélgica.

Há também 749 feridos na Renânia-Palatinado, segundo a porta-voz da polícia de Koblenz, Verena Scheuer.

Na Alemanha, as cidades e vilas mais afetadas estão no curso do rio Ahr, que nasce quase na fronteira com a Bélgica e deságua no rio Reno. O vale do rio Ahr é famoso pela produção de vinho tinto, e a cidade mais importante da região é Bad Neuenahr-Ahrweiler.

Na Bélgica, a região mais afetada é a Valônia, cuja principal cidade é Liège. Os maiores estragos estão em cidades e vilas ao longo dos rios Mosa (que nasce na França, passa pelo país e adentra a Holanda) e Vesdre, perto da fronteira com a Alemanha.

Há estragos também na Holanda, mas não há relatos de mortes até o momento no país.

Críticas ao governo alemão

A Alemanha está em choque com o maior desastre natural da história recente (uma enchente no Mar do Norte deixou cerca de 340 mortos em 1962).

Comunidades inteiras ficaram em ruínas após rios transbordarem e varreram cidades e vilas nos estados alemães Renânia-Palatinado e Renânia do Norte-Vestfália.

O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, visitou nesta segunda as zonas afetadas, como a cidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler, que fica em um dos vales mais arrasados pelas inundações.

O governo alemão tem sido criticado por não ter avisado a população, mas Seehofer se defendeu dizendo que os alertas de enchentes cabem às autoridades locais.

“Seria completamente inconcebível que tal catástrofe fosse administrada centralmente a partir de qualquer lugar. Você precisa de conhecimento local”, disse o ministro a jornalistas.

No domingo (19), a chanceler Angela Merkel visitou a cidade de Schuld, perto de Bonn, onde a cheia do rio Ahr destruiu parte do centro histórico.

“É uma situação surreal e assustadora”, afirmou Merkel em entrevista coletiva. “Diria até que o idioma alemão tem dificuldade em encontrar palavras para descrever a devastação que foi causada.”

Fonte: G1

COMPATILHAR: