As contas de energia costumam aumentar nesta estação do ano, especialmente devido à utilização do chuveiro em potência máxima e à presença das pessoas por mais tempo em casa devido ao frio. Além disso, há o fenômeno natural que faz os dias escurecerem mais rapidamente, aumentando o tempo de funcionamento da iluminação. São nuances que, aliadas a outros fatores de desperdício, podem contribuir para elevar o consumo de energia residencial em até 20%. Entretanto soluções simples para o uso correto da energia podem evitar esse aumento, principalmente neste período de condições hidrológicas desfavoráveis, como recomenda Divino Barros, coordenador regional da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.

“Em razão de sua elevada potência, os chuveiros são os equipamentos que mais consomem energia, representando cerca de 30%, de uma residência. Além disso, nas férias escolares, a presença das crianças e adolescentes em casa aumenta o tempo de utilização de televisores e computadores. Dessa forma, para reduzir a potência sempre que for comprar um equipamento, faça a opção pelos mais eficientes, etiquetados pelo Inmetro na categoria A e, especialmente, os identificados com o selo Procel, da Eletrobras”, destaca.

Ainda, segundo o especialista, é sempre bom verificar o estado da borracha de vedação de refrigeradores, já que, se as portas não estiverem fechando corretamente, a geladeira ou o freezer irão gastar mais energia para resfriar os alimentos.

Divino Barros também ressalta que a população deve evitar o maior consumo dos aparelhos mais potentes no horário de pico, como os aquecedores de ambiente. “Não existe preço diferente de energia para a residência ao longo do dia ou do ano, mas, se for possível evitar o consumo maior entre 17  e 20 horas, isso irá certamente ajudar o país, pois é durante esse horário que ocorre a ponta do sistema elétrico da Cemig”, alerta.

Lâmpadas incandescentes 

As lâmpadas incandescentes de 60 watts deixaram de ser comercializadas no Brasil, desde o início de julho, em conformidade com mais uma fase da legislação que restringe a produção, importação e comercialização de lâmpadas incandescentes. Desde o ano passado, não se podia mais fabricar ou importar as lâmpadas incandescentes de 60 watts e, agora, esse tipo de lâmpada, mais tradicional no uso doméstico, não poderá ser mais vendida pelo comércio. A regulamentação consta na Portaria Interministerial n° 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia.

Com base nessa portaria, as lâmpadas incandescentes com potência de 15 a 40 watts ainda terão uma sobrevida de um ano, prazo máximo que os varejistas terão para comercializar seus estoques. Essa medida segue o cronograma da Portaria no 1007/2010, que fixou índices mínimos de eficiência luminosa para fabricação, importação e comercialização das lâmpadas incandescentes de uso geral em território brasileiro. Vale ressaltar que as lâmpadas incandescentes de potência acima de 75 watts já não estavam sendo comercializadas no Brasil.

A substituição desse modelo pode ser feita com vantagens pela lâmpada fluorescente compacta (LFC) de 15 watts que possui uma durabilidade até oito vezes maior A diferença de preço da LFC é amortizada em até três meses, caso a utilização seja de três horas por dia. Essas lâmpadas também poderão ser substituídas pelas de LED de 10 watts, cuja vida útil pode chegar a 25 vezes mais que as incandescentes.

Confira algumas dicas para economizar energia:

Reduzir termostatos: Seja no chuveiro, aquecedor, condicionador de ar, geladeira ou freezer, reduzir um grau no termostato pode representar uma economia de até 5% da sua conta.

Desligar quando não estiver em uso: Equipamentos elétricos e eletrônicos produzidos no Brasil antes de 2001 tendem a consumir bastante energia mesmo quando em stand by, mas mesmo os aparelhos mais modernos tendem a consumir alguma energia durante todo o tempo em que estão ligados na tomada, levando também ao desperdício.

Aparelhos de TV por assinatura: Uma atenção especial deve ser dada aos aparelhos de TVs por assinatura, pois, ao desligarmos a TV, erroneamente achamos que esse aparelho também foi desligado e na maioria das vezes não foi. Deve–se desligar também este aparelho.

Iluminação: Evite acender lâmpadas durante o dia e aproveite ao máximo a iluminação natural. Prefira as lâmpadas fluorescentes compactas, pois elas duram mais e consomem menos. Pinte paredes e tetos com cores claras, que refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de iluminação artificial.

Geladeira: Evite abrir a geladeira frequentemente. Retire de uma só vez os alimentos de que precisa. Não guarde alimentos ainda quentes. Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha; se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira. Nunca utilize a grade traseira para secar roupas ou calçados.

Tomadas e fios: Tomadas quentes são sinônimo de desperdício e risco de acidentes. Por isso, evite o uso de benjamins. Emendas mal feitas ou com fios de bitolas diferentes causam perda de energia.

Celulares e Câmeras: Nunca deixe seu aparelho celular “dormir” carregando, ou seja, dê a carga e retire-os da tomada. Para câmeras digitais que não usam pilhas, aplica-se a mesma regra do celular. Só carregue o tempo necessário especificado no manual.

Computadores: Quando não estiver usando, mantenha o computador desligado. Dê preferência aos notebooks, que consomem menos energia. Não deixe os acessórios do computador (impressora, scanners etc.) ligados sem necessidade.

Para saber mais sobre o uso da energia elétrica sem desperdícios, consulte o site da Cemig.

Redação do Jornal Nova Imprensa

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