Supermercados e padarias de Belo Horizonte não poderão funcionar aos domingos. A medida já foi comunicada a Amis (Associação Mineira de Supermercados) e Amipão (Sindicato e Associação da Indústria Mineira de Panificação), entidades do setor, e visa conter a transmissão da Covid-19.

O Mercado Central e outros mercados de BH, como o do Cruzeiro e o Mercado Novo, também não poderão abrir. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, sacolões, lanchonetes, lojas de conveniência, açougues e similares também não poderão funcionar aos domingos. 

Ainda segundo a PBH, estes estabelecimentos poderão operar por delivery ou drive thru (somente os que possuem estacionamento internalizado).

O presidente da Amipão, Vinicius Dantas, confirmou que a Prefeitura já comunicou a entidade do fechamento. Representantes da Prefeitura estão em permanente contato com as entidades comerciais, diz Dantas, e “pediram colaboração no entendimento da gravidade da situação”. 

Em Belo Horizonte, mais de 1800 padarias ficarão fechadas no domingo. “É tão preocupante os dois lados: tanto o fechamento quanto o avanço do coronavírus. Nos amedronta comercialmente, mas às vezes é preciso um remédio amargo. Melhor ter o cliente vivo, cliente morto não compra”.

O presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni, disse que foi informado nesta terça-feira (23) sobre a decisão e que a medida deve começar a valer já no próximo domingo (28).

Segundo ele, a preocupação da associação é que, com o fechamento, haja aglomeração no sábado e na segunda-feira.  “A gente vê que essas coisas são necessárias. O momento agora é de colaboração de toda a sociedade. Então o que a Prefeitura decidiu vamos acatar. Vamos fazer um teste e ver como vai ser. Nossa preocupação é ter um acúmulo de pessoas no sábado e na segunda-feira para fazerem as compras que elas fariam no domingo. Por isso faço um apelo à população é que as compras sejam feitas em dias espaçados da semana para evitar esse acúmulo nestes dois dias, principalmente no sábado”, diz Poni.

Ele disse ainda que a prefeitura se mostrou aberta ao diálogo e que a eficácia da medida será avaliada, bem como se haverá essas aglomerações. “A gente se preocupa com nossos colaboradores e com toda a sociedade”, complementa Poni.

Fonte: O Tempo

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