Na manhã desta sexta-feira (4), a delegada Luciana de Souza Silva, responsável pela Delegacia de Orientação e Proteção à Família, apresentou para a imprensa um homem de 32 anos, suspeito de estuprar e agredir a própria mãe, de 63 anos, internada no hospital em Formiga, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Ao relatar o crime, a delegada contou que no dia 13 de fevereiro, enfermeiras e acompanhantes de outros pacientes internados na Santa Casa de Formiga presenciaram o crime. “Uma testemunha viu quando ele se deitou sobre o corpo da mãe dele, colocou a mão na genitália dela, nos seios, com o pênis ereto, fazendo movimentos enquanto perguntava se ela estava gostando. Ele quem dava banho na paciente e chegou a proibir que as enfermeiras dessem banho nela. Foi comprovado ainda, que ele estava com uma garrafa de bebida alcoólica (cachaça)  no hospital”, disse a delegada.

Luciana explicou que as enfermeiras acionaram a polícia e chegaram a receber ameaças do suspeito. Porém, quando a PM chegou ao local, o homem já havia fugido. “Tomamos ciência do caso no dia 15 de fevereiro e a prisão preventiva ocorreu na segunda-feira (29). No dia 2 de março foi expedido o mandado de prisão”.

Durante a tomada de depoimento, o suspeito estava tranquilo educado e negou as acusações. Ele não tem passagens pela Polícia. A vítima também foi ouvida. Durante o testemunho, a mulher se mostrou abalada e chorava de maneira contida. Ela negou o fato e não permitiu a realização do exame de corpo de delito. “Ela só falava que não queria prejudicar o filho dela”, contou a delegada.

“Nas investigações foi confirmado que ele já chegou a dar uma paulada na cabeça da mãe, que já sofria com os abusos praticados pelo suspeito. Para uma testemunha, a mulher chegou a confirmar as ações do filho. Mas para a polícia ela negou”, completou Luciana.

Em dez dias será concluído o inquérito policial sobre o caso, sendo posteriormente enviado ao Judiciário. O juiz pode requerer que a mulher faça um exame de corpo de delito ou não.

O homem está sendo investigado por lesão corporal, estupro, constrangimento e ameaças.

A vítima  está internada desde o dia 4 de fevereiro.

Não foi permitido fotografar o rosto do suspeito. O nome do possível agressor também não foi informado pela polícia durante a coletiva. 

A delegada Luciana de Souza Silva, responsável pela Delegacia de Orientação e Proteção à Família (Foto: Glaudson Rodrigues)

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