O assassinato de um taxista, de 92 anos, chocou os moradores de Santo Antônio do Amparo, no Sul de Minas. O idoso foi espancado, enforcado e teve o corpo jogado em uma vala. O crime foi descoberto na manhã desta quinta-feira (30).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Leandro de Prata Macedo Costa, a vítima saiu de casa na última terça-feira (28) para fazer uma corrida.
?Na noite do mesmo dia, o carro dele foi visto por um familiar, mas o motorista acelerou e o parente perdeu o veículo de vista. Desde então, o caso começou a ser tratado como desaparecimento?, explicou o delegado.
Nessa quarta-feira (29), policiais civis começaram a procurar por José Campideli e alguns populares teriam dito que o carro tinha passado pela região conhecida como ?aeroporto?.
A equipe continuou a procurar e, já na zona rural, conhecida com Guarita, o Corsa foi encontrado.
?Os policiais se aproximaram, e o alarme tocou. Minutos depois, um jovem saiu de uma casa e disseque estava com o veículo. Ele foi encaminhado à delegacia e deu versões diferentes para o caso?, explicou Costa.
Enquanto isso, algumas pessoas da cidade foram ouvidas e um adolescente, de 14 anos, foi apontado como um dos participantes do crime.
O menor também seguiu para a delegacia junto com o pai, e os dois jovens contaram o que aconteceu. Após pedir a corrida, já com a intenção de cometer o roubo, a dupla levou o taxista para a zona rural do município.
Lá, o adolescente, que estava no banco traseiro, agarrou Campideli pelo pescoço enquanto o maior saiu do táxi e começou agredir a vítima com socos e pontapés.
?Já fora do veículo, o idoso foi espancado e estrangulando. Eles jogaram o corpo na vala e foram embora?, disse o delegado.
Após a confissão do crime, o homem foi encaminhado ao presídio de Lavras e pode ser indiciado por latrocínio, que é o roubo seguido de morte. O adolescente foi ouvido e entregue aos pais e pode responder por Ato Infracional Análogo ao Crime de Latrocínio.
?Trabalhava para distrair a cabeça?
Aos 92 anos, Campideli tinha uma vida ativa e era muito conhecido na cidade. Com mais de 40 anos de profissão, ainda trabalhava para não ficar com o tempo ocioso.
?Ele fazia as corridas para distrair a cabeça. Não ia para lugar longe e só dirigia durante o dia. Foi um absurdo o que aconteceu?, disse um familiar, que pediu para não ter o nome divulgado.

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