Cenário político conturbado: a cidade de Aparecida do Norte em São Paulo tem vereador detido e secretários municipais afastados por suspeita de improbidade administrativa.
A terra da Padroeira do Brasil vive um cenário político conturbado. Nos últimos meses vários escândalos mancharam a trajetória dos políticos da cidade.
No mês de junho várias pessoas, entre elas, um vereador e um secretário municipal da cidade foram detidas na Operação Leviatã, deflagrada pela Policia Civil a pedido do Ministério Público. A operação tem como objetivo investigar o comércio ilegal de bancas na Feira Livre da cidade. O vereador Élcio Ribeiro Pinto e o secretário municipal de Indústria e Comércio, João Luiz Mota, continuam presos e as investigações ainda não terminaram.
Os dois, além dos outros detidos, devem começar a prestar depoimentos em setembro e o caso segue em segredo de justiça.
Além da Operação Leviatã, a cidade ainda convive com denúncias de irregularidades e fraudes na Prefeitura Municipal. No último dia 6, a pedido do Ministério Público, dois secretários municipais foram afastados do cargo. As denúncias são de possíveis fraudes em licitações e improbidade administrativa.
Foram afastados o secretário de finanças, Sidnei Bittencourt e a secretária de educação, Nazaré Carlota de Castro. De acordo com o prefeito Márcio Siqueira, o secretário de finanças deverá retornar ao cargo nos próximos dias, mas a secretaria de educação continua sem representação.
Em Potim, cidade vizinha, a situação está ainda mais crítica. O prefeito da cidade foi executado a tiros. A principal suspeita da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Guaratinguetá (SP), que assumiu o comando do inquérito sobre a execução do prefeito afastado de Potim, Benito Carlos Thomaz (PMN), alvejado por três tiros na cabeça na manhã do dia 18 deste mês na praça central da cidade. A suspeita é que o crime tenha sido motivado por vingança.
Dois homens presos horas depois sob suspeita de envolvimento no assassinato confessaram a autoria do crime em depoimento prestado à polícia. A suspeita de vingança é baseada na informação de que um dos acusados teria trabalhado com Benito Thomaz na Prefeitura.
Benito foi morto às 9h30 na praça Miguel Correa dos Ouros, logo depois de deixar a casa da mãe dele. O prefeito seguia pela calçada na companhia de um assessor quando foi surpreendido por dois homens em uma moto. A dupla efetuou 20 disparos em direção à vítima. Os dois suspeitos, de 26 e 29 anos, foram encaminhados para a Cadeia Pública de Lorena, cidade vizinha à Potim.
Um deles era procurado pela Justiça e o outro estava foragido do Presídio Edgard Magalhães Noronha, o Pemano de Tremembé, desde a saída temporária do Dia dos Pais. O velório do ex-prefeito Thomaz aconteceu na Igreja Matriz de Potim. Ele deixou três filhos, um deles um bebê com apenas 19 dias de vida.
