O Twitter colocou nessa segunda-feira (12) um aviso de alerta na publicação do deputado federal e filho ‘03’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Eduardo Bolsonaro (Republicanos-SP), que falava sobre o lockdown, medida de prevenção contra a Covid-19, ser o “oposto de distanciamento social” e que, pelo método, “as pessoas são condenadas a ficarem em casa, aumentando a proliferação do vírus.”

O aviso restringe a circulação da postagem pela rede social quando alguma informação publicada viola as regras da plataforma com conteúdos enganosos ou contestados sobre o novo coronavírus, por exemplo. 

“No entanto, o Twitter determinou que pode ser de interesse público que esse Tweet continue acessível”, acrescenta a mensagem, seguida de um botão para visualizar o que o parlamentar escreveu. 

Por meio de estudos científicos, especialistas confirmaram que a maior proliferação da Covid-19 está em aglomerações e locais com grande circulação de pessoas como, por exemplo, as ruas e demais ambientes públicos. 

Medidas que promovem o isolamento social, como o lockdown, diminuem a circulação entre pessoas e, consequentemente, reduzem o possível número de infecções da Covid-19.

Para evitar a propagação de fake news dentro da rede social durante a maior crise sanitária do século, o Twitter adotou, em julho de 2020, novas políticas de uso. Mensagens com informações falsas ou ainda não comprovadas cientificamente sobre o vírus causador da pandemia, como a compartilhada por Eduardo Bolsonaro nessa segunda-feira (12), podem ser classificadas em três diferentes categorias: 

  • Promover uma declaração de fato, expressa em termos definitivos; 
  • Ser comprovadamente falsa ou enganosa, conforme fontes confiáveis e amplamente disponíveis;
  • Possibilidade de afetar a segurança pública ou causar danos graves.

As informações enganosas são marcadas e podem ser removidas, enquanto as outras duas categorias são rotuladas em casos em que o risco de danos entre a população seja menor e restringem a visibilidade e engajamento dos outros usuários na publicação.

Desde o início da pandemia, a família Bolsonaro já manifestou diversas declarações falsas sobre a transmissão, prevenção e tratamento do coronavírus. Somente entre esse período, o atual presidente da República teve três postagens restringidas pelo Twitter por violação das regras, entre elas uma em que falava sobre tratamento precoce para a COVID-19, metódo que é negado por cientistas e médicos. 

Fonte: Estado de Minas

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