A Variante Delta do coronavírus, que preocupa o mundo devido à sua elevada capacidade de transmissão, foi detectada pela primeira vez em Belo Horizonte nesta semana. Um dos laboratórios de sequenciamento genético da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), detectou o vírus no exame de duas pessoas que chegaram do Reino Unido, onde a variante está disseminada. 

As amostras para os testes de Covid-19 das duas foram colhidas no dia 16 de julho e, segundo o professor da UFMG e coordenador do laboratório, Renan Pedra, já havia suspeita de que se tratasse da variante de origem indiana. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ainda não divulgou qual é o estado de saúde dos viajantes ou se eles são residentes da capital. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) também foi notificada sobre os casos, de acordo com Pedra. 

Ele explica que a detecção das variantes na cidade não significa que haja transmissão local da Delta em BH, que só ocorre quando a origem da contaminação não fica clara. “O principal sinal de que está acontecendo transmissão comunitária é quando uma pessoa que não está voltando do exterior e não teve contato com alguém que esteja se contamina”, explica. Esse tipo de contágio foi detectado no Rio de Janeiro e em São Paulo, Estados vizinhos a Minas.

Com os dois casos detectados em BH, Minas soma três confirmações de contaminação pela Delta. A primeira foi notificada em junho, em um morador de Juiz de Fora que voltava da Índia. Na época, ele foi monitorado pela SES-MG e não há indícios de que tenha transmitido o vírus para outras pessoas. 

O laboratório da UFMG recebe amostras de testes de Covid-19 da PBH semanalmente. Nesta terça-feira (27), os pesquisadores iniciarão o processo de sequenciamento genético das amostras coletadas na última semana.

Fonte: O Tempo

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